Caminhoneiros convocam greve para fevereiro

  • : Agriculture, Fertilizers
  • 21/01/14

Entidades que representam caminhoneiros no Brasil têm se movimentado nos últimos dias para mobilizar uma greve nacional a fim de obter apoio para agendas importantes e pressionar o governo.

A greve seria no dia 1º de fevereiro, com duas entidades à frente da mobilização: A Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB) e o Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC).

As expectativas sobre se a greve ocorrerá ou não são mistas. As entidades que convocaram a greve e vêm se reunindo online garantem que essa greve pode ter participação ainda maior do que a realizada em maio de 2018. Na ocasião, caminhoneiros bloquearam as rodovias por 10 dias, afetando o transporte em 19 cidades do país e se tornando uma crise para o governo.

Por outro lado, alguns caminhoneiros disseram à Argus que a chance de uma nova greve atingir o mesmo nível de 2018 é baixa. Eles apontam que existem muitas entidades que representam os caminhoneiros que divergem entre si. Isso dificulta a mobilização nacional, como já aconteceu no passado. Nos últimos anos, vários anúncios de greve ocorreram, mas não obtiveram apoio suficiente para causar uma grande paralisação.

O Ministério da Infraestrutura disse à Argus que mantém diálogo permanente com as principais entidades representantes da categoria pelo Fórum do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), além de constantes encontros com líderes. Qualquer associação que deseje contribuir para a formulação de políticas públicas deve requerer participação para discutir possíveis tópicos de interesse da categoria, informou o Ministério.

Principais exigências

Uma das principais exigências do movimento é uma maior aplicação da tabela de preços mínimos de frete, preparada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Ela foi criada depois da greve de caminhoneiros em 2018, após pedidos por um melhor pagamento, mas os diretores do movimento pedem uma maior supervisão do governo na aplicação dos valores da tabela e revisões de metodologia.

Outra reclamação dos motoristas é relacionada ao preço do diesel. Em 2020, os preços da Petrobras acumularam uma redução de 16,6pc, mas os motoristas dizem que a queda praticada nas refinarias não chegam aos postos de gasolina.

O movimento ainda protesta contra um projeto chamado BR do Mar, que encoraja a cabotagem e transporte de cargas entre os portos do país pelo mar. O projeto aprovado pela Câmara dos Deputados do Brasil em dezembro de 2020 está aguardando a revisão do Senado. Os caminhoneiros estão preocupados porque se a lei passar, a demanda por transportes rodoviários deve baixar e resultar em preços menores.


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