A produtora de biodiesel Be8 – antiga BSBios – espera exportar 30pc de sua produção de biodiesel no médio prazo, disse o presidente da empresa, Erasmo Carlos Battistella, à Argus.
A Be8 – novo nome divulgado em 18 de abril, como parte de uma estratégia de rebranding para se firmar como uma empresa global focada em energias renováveis – tem capacidade de produção de 936.000 m³/ano de biodiesel, no Rio Grande do Sul e no Paraná. Em 2022, produziu 889.100m³ do biocombustível e somou receita de R$9,6 bilhões, alta de 9pc na base anual.
"Sempre que tiver janela para exportação, vamos discutir isso", afirmou Battistella. "O setor [de biodiesel] tem muito a ganhar com os embarques com maior regularidade." Os principais destinos para essas exportações são Europa e Estados Unidos.
A empresa enviou a primeira carga de biodiesel brasileiro para os EUA em março.
A Be8 foca em biocombustíveis líquidos, como biodiesel, etanol e combustíveis avançados. Também produz biogás e biometano para geração de energia interna.
Nesta semana, a Acelen, controlada pelo Mubadala Capital, anunciou que investirá R$12 bilhões na produção de diesel e combustível de aviação renováveis, na Bahia. Refinarias estão conversando com o governo para incluir o diesel renovável coprocessado no mandato de mistura do biodiesel.
Para Battistella, o óleo vegetal hidratado (HVO, na sigla em inglês) e o diesel renovável coprocessado devem ter mandatos de mistura separados do biodiesel.
A Be8 também está ponderando expandir o uso de óleo de cozinha usado (UCO, na sigla em inglês) no longo prazo, à medida que aumenta a demanda por matérias-primas não ligadas à indústria de alimentos, entre compradores europeus.

