A trading norte-americana Cargill fez uma oferta vinculante para adquirir três plantas de esmagamento e produção de biodiesel da Granol.
Fonte envolvida na transação disse à Argus que o parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve acontecer em, no máximo, 60 dias. O valor do negócio não foi divulgado.
A trading confirmou que vai encaminhar o contrato de aquisição dos ativos ao Cade. "A intenção de compra está alinhada com a estratégia de crescimento da Cargill no Brasil e na América Latina", informou a empresa, em nota. A expectativa é que a aquisição seja concluída até o fim de 2023.
A Granol venderá três plantas: em Goiás (565.750 m³/ano), no Rio Grande do Sul (340.545 m³/ano) e em Tocantins (292.000 m³/ano). Três armazéns no estado de Tocantins e outro em Goiás também integram o acordo.
As fábricas de óleo e farelo de soja da Granol em Osvaldo Cruz e Bebedouro, em São Paulo, não estão incluídas no acordo, segundo a fonte. A empresa é uma das maiores produtoras de biodiesel do país.
A Cargill e a Granol discutiram uma aquisição em meados de 2018, mas as negociações foram inconclusivas. A empresa sediada em Minneapolis possui uma planta de biodiesel de 352.200 m³/ano em Três Lagoas (MS).
As margens operacionais apertadas levaram os acionistas da Granol a vender os ativos, disse a fonte à Argus. A unidade do Rio Grande do Sul esmaga soja e vende óleo vegetal e farelo de soja para a Cargill.

