Etanol de milho deve compensar parte da queda da cana

  • : Agriculture, Biofuels
  • 24/04/25

A produção de etanol de milho compensará parcialmente uma queda no processamento do biocombustível à base de cana-de-açúcar na safra de 2024-25, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A companhia espera que a produção total de etanol – de cana-de-açúcar e milho – para a temporada atual atinja 34,1 milhões de m³, baixa de 4pc em comparação ao ciclo recorde de 2023-24.

O processamento total de anidro, usado como mistura para a gasolina, deve crescer 6,2pc, 892.500m³ a mais que na safra anterior, a 15,1 milhões de m³. Já o hidratado deve recuar 10pc, para 18,9 milhões de m³.

Do total que será produzido no ano, a cana-de-açúcar deverá ser matéria-prima para 27,3 milhões de m³ deste volume, 8pc a menos do que na safra anterior, à medida que sua moagem deve diminuir 3,8pc, para 685,8 milhões de t. Isto se compara com 713,2 milhões de m³ em 2023-24, o maior valor já registrado no país.

Condições climáticas adversas, como falta de chuvas e altas temperaturas no Centro-Sul, reduzirão a produtividade no período, reportou a Conab.

Enquanto isso, a área de plantação de cana-de-açúcar subiu 4,1pc, para 8,6 milhões de hectares (ha), com mais áreas em expansão e renovação.

As usinas também devem continuar favorecendo um mix mais açucareiro em detrimento do biocombustível. A organização espera que a produção de açúcar cresça 1,3pc, para 46,2 milhões de t.

Os preços do açúcar estão mais atrativos no mercado internacional, com importantes exportadores como Índia e Tailândia diminuindo os embarques e abrindo espaço para a commodity brasileira.

Nesse cenário, o processamento do etanol de milho deve compensar "parcialmente" o volume menor de biocombustível de cana, segundo a Conab. Serão produzidos 6,8 milhões de m³ do produto, alta de 16pc na base anual.

O etanol de grãos está quebrando recordes a cada safra nos últimos anos, crescendo exponencialmente especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

O país construirá 10 novas plantas do biocombustível de milho nos próximos dois anos, afirmou a consultoria SCA Brasil.


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