Fretes caem com colheita na reta final

A maioria dos nove fretes de grãos monitorados pela Argus caiu nesta semana no estado de Mato Grosso, em meio à redução na demanda pelo serviço de transporte, com o avanço da colheita da safra de milho de inverno. A maior oferta de veículos para os corredores de exportação também contribuiu para fretes mais baixos.

A colheita do milho atingia 94pc até o fim da semana passada, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Com muitas regiões se encaminhando para finalizar os trabalhos nas lavouras, veículos que estavam realizando o transporte das fazendas até os armazéns, voltam a ficar disponíveis para realizar os trajetos de exportação em direção aos portos e ferrovias.

Os fretes nas rotas com destino ao Arco Norte, pela BR-163 até o ponto de transbordo para hidrovia em Miritituba, caíram. O trajeto Sorriso-Miritituba recuou R$12/t, em média, para R$315-330/t. O trecho Sinop-Miritituba também caiu R$12/t, para R$305-310/t.

Nos corredores com destino até o terminal ferroviário em Rondonópolis, os fretes de grãos também recuaram. A rota Sorriso-Rondonópolis registrou queda de R$7/t, em média, para R$175-180/t. O trajeto Primavera do Leste-Rondonópolis caiu R$13/t, em média, para R$100/t.

Outro trecho que registrou queda foi Querência-Palmeirante, com destino ao terminal ferroviário no estado do Tocantins e que segue até o porto do Itaqui, no estado do Maranhão, onde o frete de grãos ficou em R$340-355/t, queda de R$7/t ante a semana anterior.

Mesmo assim, participantes do mercado ressaltam que valores de fretes estão historicamente elevados, influenciados pela alta do preço do diesel e pela demanda por transporte que continua alta, já que ainda existe um volume significativo de grãos e oleaginosas para ser escoado. Durante o mês de julho, o corredor com destino até Miritituba, no estado do Pará, tem transportado cerca de 55.000t-60.000t de soja e milho por dia.