Fretes caem com menor demanda e diesel

A maioria dos doze fretes de grãos monitorados pela Argus caiu nesta semana no estado de Mato Grosso, com a recente redução no preço do diesel e a baixa demanda pelo serviço de transporte de grãos.

Na semana passada, a Petrobras anunciou uma redução de 5,8pc no preço do diesel comercializado nas refinarias. Nesse cenário, as rotas com destino ao Arco Norte, pela BR-163 até o ponto de transbordo para hidrovia em Miritituba, tiveram tendência de queda. O trajeto Sorriso-Miritituba caiu R$12/t, em média, para R$260-275/t. O trecho Sinop-Miritituba recuou R$8/t, em média, para R$250-260/t.

O corredor Querência-Palmeirante, com destino ao terminal ferroviário no estado do Tocantins e que segue até o porto do Itaqui, no estado do Maranhão, também teve queda no frete. O valor para o transporte de grãos caiu R$5/t, em média, para R$290/t.

O clima chuvoso nos portos do sul e sudeste também contribui para queda nos valores de fretes de grãos, uma vez que a movimentação marítima fica mais lenta, assim como os processos de carga e descarga de caminhões.

Com essas circunstâncias, fretes para Paranaguá e Santos registraram queda. A rota Rondonópolis-Paranaguá caiu R$30/t, em média, para R$290-300/t. O trecho Primavera do Leste-Santos recuou R$7/t, em média, para R$345-380/t.

Rotas mais longas devem se manter em tendência de queda em função da demanda reduzida e do diesel, segundo participantes de mercado. No entanto, rotas mais curtas são mais independentes destes fatores, tendo maior probabilidade de oscilar para cima semanalmente.

Além disso, com o avanço do plantio da safra de soja 2022-23 em Mato Grosso, é esperado mais necessidade do escoamento de milho e soja de safras anteriores e que estão armazenados. Isso devido à necessidade de abrir espaço para a novos volumes e também para gerar recursos com a comercialização de grãos para financiar o plantio do novo ciclo.