Fretes caem com agendamento longo

Dos nove fretes de grãos acompanhados semanalmente pela Argus, seis caíram nesta semana, em meio à maior oferta de veículos disponíveis e o escoamento lento de grãos nos pontos de transbordo e nos portos, com uma média de três dias a partir da data de agendamento, o que também tem desestimulado a procura pelo serviço de logística.

A oferta de caminhões disponíveis para transporte tem aumentado à medida que a colheita da segunda safra de milho no estado de Mato Grosso está na reta final, com 98pc dos trabalhos completos até o fim da semana passada, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Nessas circunstâncias, veículos que estavam realizando transporte das lavouras até os armazéns, voltam a ficam disponíveis para realizar os trajetos de exportação em direção aos portos e ferrovias.

Ainda assim, existe volume significativo de soja e milho em Mato Grosso para ser escoado. Isso faz com que os corredores de exportação operem em sua capacidade máxima, o que por sua vez eleva o tempo de espera para descarga nos pontos de transbordo e nos portos. Habitualmente, o escoamento acontece um dia após o agendamento do serviço.

Sem conseguir aumentar o fluxo e os volumes transportados, fretes praticados caíram nesta semana. Na rota com origem em Sinop e com destino ao Arco Norte, pela BR-163 até o ponto de transbordo para hidrovia em Miritituba, o frete caiu R$3/t, em média, para R$300-310/t.

Os fretes com destino aos portos do Sul e Sudeste também caíram na semana. Com direção ao porto de Paranaguá, a rota a partir de Rondonópolis recuou R$9/t, em média, para R$390-421/t. Já o trajeto Rondonópolis-Santos caiu R$5/t, em média, para R$400-460/t.

O trecho Querência-Palmeirante, com destino ao terminal ferroviário no estado do Tocantins e que segue até o porto do Itaqui, no estado do Maranhão, também teve queda no frete de grãos. O trecho caiu R$8/t, em média, para R$340/t.