O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a venda de três plantas de esmagamento de soja e produção de biodiesel da Granol para a trading norte-americana Cargill. Entre os ativos negociados também estão quatro armazéns.
A Granol vendeu uma unidade em Goiás (565.750 m³/ano), uma no Rio Grande do Sul (340.545 m³/ano) e outra em Tocantins (292.000 m³/ano). O acordo inclui ainda três armazéns de grãos no Tocantins e um em Goiás.
A transação foi comunicada ao órgão antitruste em 18 de agosto. Os ativos que não fazem parte do negócio serão separados e transferidos para uma nova empresa, de propriedade dos acionistas da Granol.
No processo, a Cargill justificou ao Cade que o negócio é uma oportunidade de expandir sua produção de biocombustíveis no Brasil. A empresa sediada em Mineápolis tem uma fábrica de biodiesel em Três Lagoas (MS) com capacidade produtiva de 352.200 m³/ano, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O negócio permitirá à Granol reduzir sua dívida, segundo o documento. A Granol transferirá suas fábricas de biodiesel, estoques de soja e armazéns para a Cargill até o fim de 2023, disse uma fonte envolvida na transação à Argus.
Armazéns à venda
Além dos ativos que serão transferidos para a Cargill, a Granol ainda possui diversos armazéns espalhados pelo país que também serão colocados à venda.
A empresa sediada em São Paulo não incluiu no acordo ativos de esmagamento de soja nas cidades paulistas de Bebedouro e Osvaldo Cruz. Os acionistas da Granol planejam construir armazéns na região devido ao aumento da produção de soja e amendoim no estado.

