Stellantis quer produzir híbrido a etanol em 2024

  • : Battery materials, Biofuels, Electricity
  • 23/10/18

A montadora europeia Stellantis anunciou que pretende produzir seus primeiros híbridos movidos a etanol no Brasil no ano que vem, em meio à competição pelo mercado de veículos eletrificados no país.

A quarta maior fabricante de veículos do mundo em vendas — resultado da fusão entre Fiat Chrysler e Peugeot Citroën em 2021 — escolheu seu polo automotivo de Goiana, em Pernambuco, para fabricar o novo modelo que combina eletrificação com motorização flex e etanol.

A Stellantis encontrou ajuda em fornecedores locais, universidades e centros de pesquisa, como o parque tecnológico Porto Digital, para o desenvolvimento da parte eletrônica e tecnológica.

Da mesma fábrica sairão também os futuros modelos 100pc elétricos, segundo a companhia. A Stellantis também está considerando a produção de modelos eletrificados em suas outras fábricas do Brasil: Betim (MG) e Porto Real (RJ), mas a empresa não deu mais detalhes.

"Nossa prioridade é descarbonizar a mobilidade, e queremos fazer isto de modo acessível para o maior número de consumidores, desenvolvendo tecnologias e componentes no Brasil", disse Antonio Filosa, presidente da empresa para a América Latina, que em breve deixará o cargo para se tornar CEO mundial da Jeep.

Gigantes montadoras globais, incluindo Stellantis, Toyota e Volkswagen, estão tentando assumir a liderança em soluções de mobilidade que combinem etanol e eletricidade, consideradas pela maioria das empresas a opção mais econômica e acessível para descarbonização no Brasil.

No início de setembro, a montadora japonesa Toyota fez testes "promissores" usando etanol com a tecnologia híbrida plug-in. O modelo de veículo utilizado foi um Toyota RAV4 Plug-in.

Já a Volkswagen planeja lançar um total de 15 veículos elétricos e flex-fuel até 2025, com modelos híbridos chegando mais tarde.

Em defesa do etanol

A controvérsia na indústria automotiva sobre qual caminho o Brasil deveria seguir — híbridos ou total elétricos — está longe de terminar.

O presidente-executivo da Stellantis, Carlos Tavares, já defendeu a proeminência do veículo flex-fuel. "O veículo elétrico não tem sentido comparado a um carro que anda com 100pc de etanol – sem mencionar que é mais caro para a classe média", disse Tavares durante uma mesa redonda com jornalistas em fevereiro.

O CEO acredita que o combustível 100pc etanol deve ter um papel importante no Brasil sob a crença de que há uma diferença mínima entre os veículos flex e os elétricos, mas com uma economia significativa.


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