Vendas da Vibra caem no trimestre com chuva e Covid

  • : Biofuels, Oil products
  • 22/05/17

A distribuidora de combustíveis Vibra Energia registrou uma queda no volume de vendas no primeiro trimestre de 2022, em razão de mobilidade reduzida causada por fortes chuvas em algumas regiões e uma nova onda de infecções de Covid-19 no começo do ano.

As vendas de combustíveis da Vibra, antiga BR Distribuidora, alcançaram 8,9 milhões de m³ nos primeiros três meses de 2022, uma queda 3,7pc em comparação com 9,3 milhões de m³ no mesmo trimestre de 2021. Por outro lado, as receitas subiram 47pc para R$38,3 bilhões em comparação com R$26,1 bilhões na base anual. Preços mais altos compensaram os volumes menores em um ambiente de elevada volatilidade, acompanhando os mercados internacionais de petróleo e derivados.

A oferta apertada de diesel permitiu à Vibra repassar os custos mais altos de importações do combustível em meio ao ambiente desafiador de preços e demanda.

Em termos de volumes, as vendas mais baixas de óleo combustível, coque de petróleo e etanol ofuscaram as vendas maiores de gasolina, diesel e combustível de aviação.

As vendas de diesel totalizaram 4,1 milhões de m³ no último trimestre, 2,4pc acima do ano anterior. As vendas de gasolina chegaram a 2,4 milhões de m³, 11pc acima na base anual. Mas os volumes de etanol caíram 28pc para 643.000m³.

A Vibra terminou o primeiro trimestre com 8.214 postos de combustível em sua rede, representando uma adição de 156 postos nos últimos 12 meses. Nos últimos anos, a empresa foi capaz de entregar a maior parte do corte de custos prometido durante seu processo de privatização em 2019.

Hedge

Durante o trimestre, a Vibra reduziu gradualmente até encerrar seus instrumentos de hedge de commodities para a importação de combustíveis em um ambiente de preços e volatilidade crescentes. As perdas acumuladas com operações de hedge representaram um impacto negativo de R$747 milhões no resultado da empresa, ofuscando os ganhos de variação de estoque.

"Fundamentos que justificariam as posições de hedge não estavam mais presentes", disse o diretor financeiro da Vibra, André Natal, durante teleconferência com analistas, citando a defasagem entre os preços domésticos e a paridade internacional, e a potencial escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia. Segundo ele, a empresa conseguiu repassar o custo de importações diante da insuficiência de oferta interna.

"Observamos após o fechamento do primeiro trimestre níveis ainda elevados de volatilidade do petróleo e seus derivados, elevação dos spreads de craqueamento (diferenciais) do diesel, persistência de defasagens de preços no mercado doméstico em relação à paridade de importação", informa a Vibra no relatório de resultados.

Cbios

Os resultados da Vibra também foram pressionados pela grande valorização nos preços dos créditos de descarbonização (Cbios) no período. O custo da empresa na compra de Cbios subiu de R$50 milhões no primeiro trimestre de 2021 para R$206 milhões nos primeiros três meses deste ano.

Dentro da Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio), cada Cbio representa uma tonelada de CO2 evitado. A política institui metas anuais de redução de emissão de gases do efeito estufa para distribuidoras de combustíveis. O cumprimento das metas ocorre pela aquisição de Cbios emitidos por produtores de biocombustíveis.

Na última linha do balanço do primeiro trimestre, a Vibra registrou lucro líquido de R$325 milhões, ficando 34pc abaixo do mesmo período do ano anterior.


Related news posts

Argus illuminates the markets by putting a lens on the areas that matter most to you. The market news and commentary we publish reveals vital insights that enable you to make stronger, well-informed decisions. Explore a selection of news stories related to this one.

Business intelligence reports

Get concise, trustworthy and unbiased analysis of the latest trends and developments in oil and energy markets. These reports are specially created for decision makers who don’t have time to track markets day-by-day, minute-by-minute.

Learn more