A subsidiária da norte-americana AES no Brasil fará parceria com o governo do Ceará para investir em hidrogênio verde, se juntando a uma lista crescente de empresas interessadas no setor no Brasil.
A AES Brasil espera uma produção inicial menor que 1GW de energia renovável e até 500.000 t/ano de amônia verde, com investimentos de até $2 bilhões nos próximos cinco anos, no estado do Ceará, de acordo com Luis Sarras, diretor do segmento de hidrogênio verde da AES para a América do Sul.
A empresa planeja exportar amônia verde para grandes clientes industriais a partir do Porto de Pecém, que recebeu múltiplos compromissos de investidores locais e internacionais. Com o acordo da AES, o Ceará estabelece compromissos com 14 empresas, incluindo as francesas Engie, Total Eren, Qair, a australiana Enegix Energy, a mineradora Fortescue Future Industries, entre outras. O primeiro projeto de hidrogênio verde do polo - uma unidade piloto em desenvolvimento pela portuguesa EDP – está previsto para iniciar operações em 2022.
A AES Brasil concordou em participar de um projeto conjunto com outros investidores para desenvolver a capacidade de armazenamento de amônia verde no porto.
A AES destacou o potencial do Brasil para se tornar um líder global na produção de hidrogênio verde, mas ressaltou a necessidade de políticas públicas para desenvolver a indústria.
A capacidade de geração de energia da AES Brasil no Brasil é 100pc renovável, com capacidade instalada de 4,4GW, incluindo 2,7GW de energia hidrelétrica, 1,4GW de energia eólica e 300MW de energia solar. Com os atuais projetos, a empresa espera que sua capacidade instalada atinja 5,9GW.
A AES já anunciou planos para construir uma unidade de amônia verde no norte do Chile, com expectativa de produção entre 250.000t-300.000 t/ano, para exportação e para o uso em combustível de transporte marítimo. A empresa já selecionou um local no Chile, que também terá capacidade de produção de baterias.

