Железнодорожные отгрузки на рынок России выросли

  • : Agriculture, Coal, Crude oil, Fertilizers, Metals, Oil products
  • 03/10/22

Объем погрузки на сети РЖД по итогам сентября снизился на 5,3% по сравнению с аналогичным периодом прошлого года, до 100,8 млн т, сообщил 3 октября на брифинге заместитель генерального директора РЖД — начальник Центра фирменного транспортного обслуживания Алексей Шило. Сокращение пришлось на экспортные отгрузки — на 20,2%, тогда как внутрироссийские поставки выросли на 3,6%.

Темпы уменьшения погрузки достигли максимума в июне — на 6,5% в годовом исчислении, а теперь находятся в диапазоне 5—5,5%. Так, в июле снижение составило 5,5%, в августе — 5%, а в сентябре — 5,3%. В октябре и по итогам всего 2022 г. сокращение погрузки ожидается на уровне 5%.

В сентябре выросли железнодорожные отгрузки на внутренний рынок всех основных грузовых номенклатур, в том числе грузов I тарифного класса. Погрузка каменного угля увеличилась на 4,6%, или на 600 тыс. т, железной руды — на 11,9% (870 тыс. т), а строительных грузов — на 10,7% (более 150 тыс. т).

Увеличение поставок угля на внутренний рынок связано с низким уровнем воды, вследствие чего электростанции повысили сжигание твердого топлива. Росту поставок строительных грузов способствует стимулирование со стороны государства, в частности, поддержка строительства автодорог и жилья.

«По II тарифному классу погрузка к прошлому году подросла во внутрироссийском сообщении на 1,7%. И если объемы нефти и нефтепродуктов остались примерно на уровне предыдущего года с небольшим плюсом, то погрузка химических и минеральных удобрений выросла на 27,6%. Эта продукция очень активно закупается внутри страны в этом году. Внутренняя погрузка продовольственных товаров увеличилась почти на 10%», — рассказал Шило.

В то же время погрузка грузов наиболее доходного, III тарифного класса выросла на 6,6%, в основном за счет увеличения отгрузки черных металлов — на 15,7% по сравнению с уровнем прошлого сентября. Кроме того, повысились объемы отправок химикатов — на 4,9%, а также перевозок сборных грузов — на 24,5%.

Экспортные отгрузки, напротив, сократились в сентябре на 20,2% по сравнению с аналогичным периодом прошлого года. В частности, снижение экспорта самого массового груза на сети РЖД — каменного угля — составило 17,1%, или 3 млн т. Вывоз нефти и нефтепродуктов на внешние рынки сократился на 4%, удобрений — на 27,5%, зерна — на 5,5%.

Вывоз продукции черной металлургии в сентябре снизился на 42,7%. Уменьшение отгрузок связано с тем, что крупные металлургические компании или их акционеры оказались под санкциями, отметил Шило. В сентябре сократились отгрузки металлов и в восточном направлении, поскольку цены на них не позволяют покрывать логистические издержки с поставкой через всю страну. В связи с этим компании начали активно прорабатывать с правительством вопросы субсидирования перевозок, добавил он.

«Груз III тарифного класса на расстояние более 9 тыс. км везти целесообразно при высоких экспортных ценах, но при текущей рыночной конъюнктуре коллеги не считают такие поставки выгодными», — резюмировал Шило.

По этой причине рассматриваются варианты поддержки отрасли в виде предоставления скидок к тарифу РЖД для экспорта черных металлов на определенных направлениях, однако сдерживающим фактором является отсутствие обязательств со стороны металлургов предоставить гарантии поставок продукции.

«На сегодняшний момент по одному из обращений для предприятий на Юго-Восточной железной дороге такое решение принято, чтобы стимулировать не восток, не через всю страну везти, а все-таки как-то снижать затраты транспортные при перевозках через АЧБ [Азово-Черноморский бассейн]. Скидка действует только в случае подтверждения гарантий объемов со стороны предприятий», — добавил Шило.

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Больше ценовой информации и аналитических материалов о рынке транспортировки навалочных, генеральных грузов и контейнеров — в ежемесячном отчете «Argus Логистика сухих грузов».

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Chuvas no Rio Grande do Sul alagam o estado


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Sao Paulo, 6 May (Argus) — O estado do Rio Grande do Sul continua sendo afetado pelas fortes chuvas que começaram em 29 de abril, levando o governo a decretar estado de emergência em 2 de maio. Os maiores volumes de chuva atingiram as áreas centrais do Rio Grande do Sul, com cidades recebendo chuvas entre 150mm a 500mm, de acordo com dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) do Rio Grande do Sul. A estação de monitoramento da cidade de Restinga Seca, no centro do estado, registrou o recorde de quase 540mm. As chuvas no Rio Grande do Sul superaram 135mm na maior parte do estado, de acordo com o Instituto de Meteorologia dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês). Enquanto isso, nas demais regiões do Brasil prevaleceu o clima seco. O NOAA espera que as chuvas diminuíam nesta semana, mas as condições climáticas adversas devem continuar. Até 3 de maio, 154 trechos de 68 rodovias estavam totalmente ou parcialmente bloqueadas, de acordo com a Defesa Civil do estado. A usina hidrelétrica 14 de julho, com capacidade de 100MW, também foi afetada e teve sua operação parcialmente rompida. O porto do Rio Grande não suspendeu as operações, porém a movimentação está mais lenta. Apesar das chuvas intensas, as taxas de demurrage e o tempo de espera para atracação e desembarque ficou estável em $1/tonelada (t) e os custos totais para a movimentação de fertilizantes permaneceram em $19/t. Porém, participantes de mercado esperam que a situação mude nos próximos dias, o que deve aumentar as taxas de demurrage. Se a chuva não parar e os níveis do Rio Guaíba continuarem subindo, é provável que algumas áreas do porto inundem nos próximos dias, como aconteceu no porto de Porto Alegre. Em meio a movimentação de carga mais lenta, dificuldades logísticas e a demanda para serviços de transporte de fertilizantes, que já estava baixa, o frete de fertilizante na rota Rio Grande-Dourados, monitorada semanalmente pela Argus, caiu em média R$20/t, para R$225-250/t. Excesso de chuva pode prejudicar safra de soja O Rio Grande do Sul está colhendo a safra de soja 2023-24, que deve ser a segunda maior do país nesta temporada. Os trabalhos alcançaram 76pc da área esperada no estado até 2 de maio, avanço de 10 pontos percentuais na semana, apesar do excesso de chuvas, segundo a Emater-RS. Os agricultores aproveitaram as janelas mais curtas de clima favorável— ou quando as chuvas diminuíram — para intensificar as atividades de campo, especialmente nas áreas em que eram esperadas produtividades maiores e que não foram profundamente afetadas pela seca no início do ano. Os níveis de umidade dos grãos colhidos são considerados acima da média e vão necessitar de mais investimentos no processo de secagem. Algumas áreas reportaram germinação prematura e queda das plantas em razão do excesso de umidade. A Emater-RS mantém a produtividade média do estado projetada em 3.329 kg/hectare (ha), com os resultados recentes permanecendo dentro das projeções anteriores, de acordo com o boletim de 2 de maio, divulgado semanalmente pelo órgão. Com isso, ainda é esperado que a produção de soja do Rio Grande do Sul alcance o recorde de 22,2 milhões de t. No entanto, participantes de mercado concordam que as projeções para o estado devem cair nas próximas semana, uma vez que os estudos de campo começam avaliar com precisão os prejuízos causados pelo excesso de chuvas. Por João Petrini, Maria Albuquerque e Nathalia Giannetti Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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Sao Paulo, 29 April (Argus) — Os estoques de etanol no Centro-Sul caíram 18pc na primeira metade de abril, à medida que as atividades da safra de cana-de-açúcar de 2024-25 começaram. Os estoques do biocombustível na principal região produtora do Brasil recuaram para 2,2 milhões de m³ até o dia 16 de abril, em comparação com 2,7 milhões de m³ registrados na quinzena anterior, segundo dados do Ministério da Agricultura. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os estoques foram de 1,9 milhão de m³, o avanço foi de 17pc. Os estoques de etanol hidratado representaram 1,3 milhões de m³ do total acumulado no período, baixa de 14pc na quinzena e alta de 12pc na variação anual. Já o etanol anidro totalizou cerca de 875.700m³, queda de 23pc na comparação com a quinzena anterior e crescimento de 25pc no ano. Até 16 de abril, 171 plantas haviam iniciado as operações para a nova temporada, em comparação com 166 unidades no mesmo período do ciclo anterior, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O início da safra facilitou o acesso de participantes de mercado aos estoques do biocombustível, ao passo que alguns players reportaram dificuldades em comprar de estoques no fim de março. Por Laura Guedes Produção sucroalcooleira do Centro-Sul 15-Abril ano atrás ± Etanol total m³ 830.437 721.630 15% Cana-de-açúcar '000t 15.847 15.155 5% Açúcar t 675.822 582.476 16% Mapa Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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Sao Paulo, 26 April (Argus) — A produção de etanol no Centro-Sul aumentou 7,2pc na primeira quinzena de abril em relação ao ano passado, com produtores ainda favorecendo o hidratado em meio à demanda crescente. As usinas da região entregaram 841.000m³ ao mercado na primeira quinzena da safra de 2024-25, em comparação com 784.000m³ no mesmo período do ano anterior, segundo os dados mais recentes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). A produção de etanol hidratado subiu 39pc e impulsionou a alta anual, totalizando 693.000m³. Já o processamento de anidro, utilizado como mistura na gasolina, caiu 48pc, para 174.000m³. As usinas permanecem destinando mais matéria-prima para o E100, em um cenário de paridade favorável para o biocombustível frente à gasolina na bomba. O hidratado está mais vantajoso para os motoristas em 80pc do mercado de combustíveis leves, disse a Unica. As plantas do Centro-Sul venderam 1,3 milhão de m³ de etanol para o mercado doméstico em abril, salto de 41pc na variação anual. As vendas de hidratado representaram 902.355m³ deste total, alta de 61pc, enquanto as de anidro subiram 14pc, para 448.431m³. Já as exportações totalizaram 52.104m³, queda de 6,2pc. O mix de produção na quinzena foi de 56,4pc para o etanol e 43,6pc para o açúcar, em comparação com 62pc para o biocombustível no mesmo intervalo em 2023. No período, a moagem de cana-de-açúcar avançou 14pc, para 15,8 milhões de t, à medida que a temporada inicia suas operações. Até 16 de abril, 171 usinas estavam operando no ciclo de 2024-25, número maior do que as 166 no mesmo intervalo do ano anterior. A Unica espera que mais 54 unidades recomecem as atividades durante a segunda metade do mês. O etanol à base de milho representou 32pc do volume total produzido na primeira parte de abril, somando 270.500m³, crescimento de 12pc na comparação anual. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Etanol de milho deve compensar parte da queda da cana


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Sao Paulo, 25 April (Argus) — A produção de etanol de milho compensará parcialmente uma queda no processamento do biocombustível à base de cana-de-açúcar na safra de 2024-25, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A companhia espera que a produção total de etanol – de cana-de-açúcar e milho – para a temporada atual atinja 34,1 milhões de m³, baixa de 4pc em comparação ao ciclo recorde de 2023-24. O processamento total de anidro, usado como mistura para a gasolina, deve crescer 6,2pc, 892.500m³ a mais que na safra anterior, a 15,1 milhões de m³. Já o hidratado deve recuar 10pc, para 18,9 milhões de m³. Do total que será produzido no ano, a cana-de-açúcar deverá ser matéria-prima para 27,3 milhões de m³ deste volume, 8pc a menos do que na safra anterior, à medida que sua moagem deve diminuir 3,8pc, para 685,8 milhões de t. Isto se compara com 713,2 milhões de m³ em 2023-24, o maior valor já registrado no país. Condições climáticas adversas, como falta de chuvas e altas temperaturas no Centro-Sul, reduzirão a produtividade no período, reportou a Conab. Enquanto isso, a área de plantação de cana-de-açúcar subiu 4,1pc, para 8,6 milhões de hectares (ha), com mais áreas em expansão e renovação. As usinas também devem continuar favorecendo um mix mais açucareiro em detrimento do biocombustível. A organização espera que a produção de açúcar cresça 1,3pc, para 46,2 milhões de t. Os preços do açúcar estão mais atrativos no mercado internacional, com importantes exportadores como Índia e Tailândia diminuindo os embarques e abrindo espaço para a commodity brasileira. Nesse cenário, o processamento do etanol de milho deve compensar "parcialmente" o volume menor de biocombustível de cana, segundo a Conab. Serão produzidos 6,8 milhões de m³ do produto, alta de 16pc na base anual. O etanol de grãos está quebrando recordes a cada safra nos últimos anos, crescendo exponencialmente especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O país construirá 10 novas plantas do biocombustível de milho nos próximos dois anos, afirmou a consultoria SCA Brasil. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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