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Indonesia’s resource sector escapes mass protests

  • Mercados: Agriculture, Biomass, Coal, Fertilizers, Metals, Natural gas, Oil products
  • 01/09/25

Resource-rich Indonesia has been hit by some of its worst political unrest for almost 30 years, but the country's vast commodity sector appears to be largely unscathed.

Protests against a new housing allowance for members of parliament turned violent over the weekend, leaving up to eight people dead, according to local reports. The protests began in the capital Jakarta but have since spread to many of the country's biggest cities, reflecting discontent over a slowing economy and rising living costs.

Indonesian stock markets fell by almost 4pc on 1 September before later recovering, while the rupiah weakened against the dollar.

The protests appear to be largely confined to urban areas and have not disrupted commodity production. Indonesia is among the world's largest producers of coal, nickel, palm oil, fertilizers and LNG, as well as a major regional importer of oil products. There is no impact on fertilizer production, a source at a leading Indonesian producer said.

There is no sign that foreign investors are a target for the protests. Previous incidents of unrest, including during the Asian financial crisis in 1998, led to violence against Indonesia's large Chinese community.

China has become a major investor in Indonesia's nickel sector and other industries in recent years, helping turn the country into the world's biggest nickel producer.

The protests forced Indonesian president Prabowo Subianto to cancel a planned trip to China this week. Prabowo, who took power in October last year, has laid out ambitious plans to boost oil output and has made food security a core focus of his government.

Prabowo has reversed some of the perks granted to lawmakers that sparked the unrest, a move that appeared to have defused some of the protests on 1 September.


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Notícias
23/10/25

PGR recomenda suspensão de liminares sobre o Renovabio

PGR recomenda suspensão de liminares sobre o Renovabio

Sao Paulo, 23 October (Argus) — A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou a suspensão das liminares que isentam distribuidores de combustível de cumprir com as metas obrigatórias de descarbonização da Política Nacional de Combustíveis (Renovabio). O parecer apoia um pedido do Governo Federal ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando que as liminares enfraquecem as políticas ambientais, distorcem a concorrência no mercado e ameaçam o compromisso do Brasil com o Acordo de Paris. A PGR refuta o argumento de volatilidade excessiva dos preços dos créditos de descarbonização (Cbios), citando preços médios estáveis entre 2022-2024. A autoridade também destaca que distribuidores que se beneficiaram das liminares ganharam vantagens financeiras desleais e aumentaram a sua participação no mercado, enquanto outros seguiram as metas do programa. O parecer conclui que as liminares criam um regime regulatório paralelo e recomenda a suspensão delas para restaurar um equilíbrio legal e competitivo no setor de combustíveis. O Governo Federal entrou com um pedido no STJ em maio para suspender as liminares que blindam distribuidores que não atingiram suas metas de descarbonização. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 61 dos 160 distribuidores autorizados a operar começaram 2025 com quantidade menor de Cbios aposentados do que o exigido. Desses, 20 atualmente se beneficiam das liminares que os protegem das sanções. O déficit total é de 10,49 milhões de Cbios, o que corresponde a 21,25pc da meta agregada de 2024. Por Rebecca Gompertz Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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CooperAlfa se prepara para operações de biodiesel


16/10/25
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16/10/25

CooperAlfa se prepara para operações de biodiesel

Sao Paulo, 16 October (Argus) — A CooperAlfa, cooperativa concentrada na produção de grãos e farinhas, se prepara para iniciar atividades no mercado de biodiesel a partir de 2027, após finalizar a construção de sua primeira usina em Chapecó (SC). A capacidade da nova usina será de 1.150 m³/d e faz parte do plano de expansão da entidade, que também amplia seu processamento de grãos e intensifica esforços para atuar em diferentes segmentos do complexo soja. Em conversa com a Argus, o assessor comercial da CooperAlfa, Luiz Kessler , fala sobre os planos da cooperativa para manter o equilíbrio entre as operações de biodiesel e o suprimento de insumos no mercado doméstico. A seguir, os principais trechos da entrevista. O que levou a CooperAlfa a entrar no mercado de biodiesel? Participamos do programa de biodiesel brasileiro desde o princípio, principalmente como fornecedor de matéria-prima para as indústrias do biocombustível. Atualmente, ofertamos mais de 200.000 toneladas (t)/ano de soja produzida a partir da agricultura familiar, que vão [no formato de óleo] para as empresas [produtoras de biodiesel]. O foco da cooperativa é a agricultura familiar e os pequenos produtores. Vemos no biodiesel uma oportunidade de melhorar essa relação comercial com esses trabalhadores e com o mercado. Ampliamos o esmagamento de soja há aproximadamente 2 anos. Passamos de 700t para 2.000 t/d, com a expertise de vender óleo e farelo de soja no mercado. A partir daí começamos a analisar qual seria o próximo passo. Considerando o mandato de mescla e projeção de aumento [de biodiesel no diesel], enxergamos a oportunidade de incluir esse segmento nos negócios da cooperativa. Como a CooperAlfa planeja ganhar espaço em um mercado que já conta com quase 60 usinas de biodiesel? Acredito que a disputa será com participantes mais fortes do que nós, mas uma particularidade nossa é o relacionamento que fazemos com os clientes. Nossa estratégia foi colocar três centrífugas na usina, para poder trabalhar com três módulos diferentes até chegar aos mais de 1.000 m³/d. Será mais tranquilo administrar a quantidade de biodiesel que produziremos, de acordo com o mercado que formos conquistando. A CooperAlfa produzirá biodiesel a partir de óleo de soja ou usará outros insumos? Projetamos a fábrica para ser flex, então terá a possibilidade de receber outras gorduras. Começaremos a rodar com óleo de soja e vamos aprendendo com o tempo, mas a ideia é aproveitar todas as oportunidades que existirem. Estamos localizados numa região de grades frigoríficos, tanto de suínos como de aves, então há também disponibilidade dessas gorduras. A oferta de óleo de soja da CooperAlfa diminuirá com a produção de biodiesel? A nossa estrutura tem tanques para comercialização de óleo de soja, mas a conta é que vai dizer onde vamos "colocar os ovos", no biodiesel ou no insumo. Mas deixaremos de ofertar parte do volume de óleo para o mercado. Percebemos que o sucesso maior é para quem consegue trabalhar em toda a cadeia. Nós temos o produtor, a soja, a indústria de processamento e, agora, a de biodiesel. Por Natalia Dalle Cort Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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ANP aprova nova especificação para gasolina


05/09/25
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05/09/25

ANP aprova nova especificação para gasolina

Sao Paulo, 5 September (Argus) — A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou, nesta sexta-feira (5), a alteração da resolução que trata das especificações da gasolina. A decisão ocorre pouco mais de um mês após o início da vigência do novo mandato de mistura de etanol anidro ao combustível fóssil, que subiu de 27pc para 30pc, conforme decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A ANP estabeleceu a elevação do parâmetro RON (Research Octane Number, em inglês) de 93 para 94, e a manutenção dos valores mínimos de massa específica para a gasolina A em 688,9 kg/m³ a 20ºC sob o E30. A agência argumenta que o movimento assegura o objetivo estabelecido pelo CNPE de garantir ao consumidor o acesso aos efeitos positivos da nova mistura, com vantagens de qualidade com um combustível de maior octanagem e evitando uma perda de qualidade na gasolina oferecida, além da promoção de eficiência energética. Como o etanol anidro conta com um RON na casa de 109, a elevação da mescla de E27 para E30 em tese poderia abrir espaço para o uso de uma gasolina A com menor octanagem, caso a exigência para a gasolina C fosse mantida em RON 93. A elevação para RON 94, portanto, visa um ajuste proporcional de parâmetro para garantir a manutenção do atual nível de qualidade para a gasolina antes da mistura. Como o etanol também possui propriedades de massa mais elevadas em comparação com a gasolina (apesar de potencial energético menor), a manutenção das especificações do E27 para o combustível final no E30 também poderia abrir a possibilidade de uso de gasolina A com menor massa sob o novo mandato de mescla. Neste caso, para garantir a qualidade do produto oferecido ao consumidor final, a ANP sugeriu a atualização da tabela de valores mínimos de massa específica, repetindo a exigência de 688,9 kg/m³ para a gasolina A para o E30. O parâmetro para a massa da gasolina C, por outro lado, seguiu em 715 kg/m³, pela falta de tempo para discussão de novos níveis com agentes do mercado. A decisão da nova especificação da gasolina sob o E30 acontece após a realização de consulta pública em prazo reduzido de 5 dias, que contou com 24 contribuições de 13 atores distintos, entre empresas, associações e instituições governamentais. Também houve uma audiência pública por videoconferência para debater os potenciais impactos das alterações propostas pela ANP. Os dois pontos relacionados à octanagem e à massa específica do combustível já estavam previstos na minuta de resolução apresentada pela agência aos participantes do mercado. Mas também foram incorporadas duas sugestões feitas durante as consultas, estabelecendo prazos de transição para a adequação às novas regras e autorizando a inclusão de metodologias alternativas para a verificação do teor de etanol anidro nas gasolinas C. Pelo texto aprovado pelos diretores da ANP, fica determinado que, sempre que houver alteração na legislação que estabelece o teor de etanol anidro na gasolina, a aplicação de autuação por não conformidade das novas misturas somente poderá ocorrer após uma carência mínima. No caso da cadeia de distribuição, o prazo é de 30 dias para a região Norte e 15 dias para as demais localidades. Já na revenda, são 60 dias para o Norte e 15 para as demais regiões do país. Para entrar em vigor, a resolução ainda depende da publicação no Diário Oficial da União (DOU), quando participantes do mercado poderão acessar os detalhes das novas regras. Por Marcos Mortari Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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Aumento da área de soja no Brasil é o menor em 18 anos


22/08/25
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22/08/25

Aumento da área de soja no Brasil é o menor em 18 anos

Sao Paulo, 22 August (Argus) — A área plantada de soja no Brasil na safra 2025-26 pode ter o menor crescimento percentual desde a safra 2007-08, devido às margens mais apertadas dos produtores, mas ainda mantém uma tendência de crescimento de duas décadas. Os agricultores devem plantar 48,5 milhões de hectares (ha) de soja no próximo ciclo, com base na média das estimativas de participantes do mercado. Isso representaria um aumento de 1,8pc em relação à área plantada na safra 2024-25, em comparação com um crescimento médio de 4,8pc desde 2007-08. A área plantada cresceu 3,2pc na safra atual em relação ao ciclo 2023-24, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Brasil vem expandindo a área plantada de soja — sua maior cultura agrícola — a cada ano desde o ciclo 2007-08, quando semeou 21,3 milhões de ha. Desde então, a área plantada mais que dobrou. Em números absolutos, a área da safra 2025-26 crescerá em 871.800ha, o menor valor desde a safra 2018-19, que aumentou em 724.800ha. As expansões estão desacelerando e o crescimento tem se tornado progressivamente mais lento nos últimos dois anos. Os preços internacionais caíram acentuadamente desde 2023 devido a um excesso de oferta global de soja . O contrato futuro para o mês mais próximo na Bolsa de Chicago (CBOT) atingiu 1.034,5 centavos de dólar por bushel (¢/bu) em 21 de agosto, queda de 33,6pc em relação ao pico registrado em junho de 2023. Os custos de produção apresentaram tendência oposta, impulsionados pelos preços mais altos dos fertilizantes e pesticidas. Os investimentos nessas duas categorias de insumos devem aumentar 9,6pc e 4,3pc em relação à safra 2024-25, respectivamente, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil. Os fertilizantes fosfatados são o principal nutriente utilizado no cultivo da soja, mas a oferta tem sido restrita nos últimos anos. O Marrocos, grande fornecedor, mudou sua estratégia de produção para se tornar menos dependente do MAP, e a China — outro grande exportador — reduziu as exportações para atender à demanda interna. A Rússia agora responde pela maior parte do fornecimento ao mercado brasileiro, aumentando os preços devido à falta de concorrência. As compras para a safra de soja, com plantio programado para começar em setembro, intensificaram-se entre maio e agosto. O preço do MAP 11-52 cfr Brasil atingiu $740-755/t em 21 de agosto, uma alta de mais de 40pc em dois anos. Os fundamentos econômicos brasileiros também preocupam agricultores, que enfrentam dificuldades para obter acesso a linhas de crédito para financiar as safras. A taxa Selic atingiu 15pc em junho deste ano, o maior nível desde julho de 2006. O número de agricultores que não cumpriram suas obrigações financeiras atingiu 7,9pc no primeiro trimestre de 2025, segundo a empresa de análise de risco Serasa Experia. Isso representa um aumento de quase um ponto percentual em relação ao ano anterior e ocorre após um ciclo de safra abaixo do esperado em 2023-24, impulsionado pelo clima desfavorável na maior parte do país. Uma safra recorde de soja no ciclo 2024-25, junto da forte demanda chinesa, que elevou os preços, conseguiram oferecer algum alívio para agricultores, mas não o suficiente para compensar o peso dos custos de produção mais altos, das altas taxas de juros e dos preços que ainda não retornaram aos mesmos níveis de dois anos atrás. Espaço para crescimento Porém, ainda há espaço para mais crescimento no futuro, apesar das condições que limitam os investimentos, de acordo com participantes do mercado. O Brasil tinha aproximadamente 28 milhões de ha de pastagens degradadas com potencial para o cultivo de soja em 2024, mostram dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Pastagens degradadas são aquelas onde a ação humana ou processos naturais alteraram as características originais além do ponto de recuperação natural, exigindo intervenção. A Embrapa considera cerca de 17,5 milhões de ha das áreas de pastagem estão em condições intermediárias, apresentando potencial bom ou muito bom para práticas agrícolas. Os outros 10,5 milhões de ha de pastagens são considerados em condições severas de degradação. Entre os estados que apresentaram as maiores áreas estão o centro-oeste do Mato Grosso, com 5,1 milhões de ha; Goiás, com 4,7 milhões de ha; e Mato Grosso do Sul, com 4,3 milhões de hectares. O Centro-Oeste é o maior polo produtor de soja do Brasil. No entanto, essas áreas precisam de investimentos privados e governamentais para cultivar soja com sucesso, disseram participantes de mercado. O Brasil precisaria investir R$482,6 bilhões para converter os 28 milhões de ha de pastagens degradadas em lavouras de soja, estima o banco de investimentos Itaú BBA. A previsão leva em consideração as aplicações de nutrientes necessárias para a recuperação dessas áreas. A grande extensão territorial do Brasil permitiu a expansão da área plantada quando as condições ainda eram favoráveis à cultura. Os preços apresentaram tendência de alta durante a maior parte das últimas duas décadas, com a demanda chinesa mais forte e mais investimentos no setor de biocombustíveis. A soja é a cultura mais importante do Brasil. O país tem fornecido aproximadamente 60pc ao ano do total importado pela China — o maior comprador mundial — desde 2020, segundo dados do Global Trade Tracker e da alfândega chinesa. O Centro-Oeste tem registrado a maior participação em áreas destinadas à soja em números absolutos desde o ciclo 2007-08. A área plantada aumentou para 22 milhões de ha na safra 2024-25, ante 9,6 milhões de ha naquela época, mostram dados da Conab. A área plantada na região Norte aumentou para 3,7 milhões de ha na safra 2024-25, ante 517.500ha na temporada 2007-08, representando o maior aumento percentual, apesar da menor área. O Nordeste teve o segundo maior crescimento, de 1,6 milhão de ha para 4,7 milhões de ha. Os estados dessas regiões pertencem à região do Matopiba , confluência dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Ainda assim, o crescimento exponencial da área plantada com soja no Brasil continua, em contraste com os investimentos limitados de outros grandes produtores. Os Estados Unidos e a Argentina reduziram a área plantada de soja desde os picos das safras 2017-18 e 2015-16, de 36,2 milhões de ha e 19,4 milhões de ha, respectivamente. Por Nathalia Giannetti e Sofia Zizza Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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B15 e E30 entram em vigor sob preocupações do mercado


01/08/25
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01/08/25

B15 e E30 entram em vigor sob preocupações do mercado

Sao Paulo, 1 August (Argus) — Os novos mandatos de mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina e de biodiesel no diesel entraram em vigor a partir desta sexta-feira (1), em todo o território brasileiro. Para o diesel, a mescla de biodiesel a ser cumpria por distribuidores aumentou 1 ponto percentual, para 15pc no produto que é oferecido ao consumidor. Já para a gasolina, o percentual de etanol anidro misturado foi de 27pc para 30pc. As novas mesclas passaram a valer 37 dias após deliberação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que publicou as mudanças na forma das resoluções nºs 8 (para o diesel) e 9 (para a gasolina) de 2025, em meio a uma grande expectativa de integrantes do setor de biocombustíveis. No caso do biodiesel, a mudança estava programada para acontecer em 1º de março, mas foi suspensa temporariamente por decisão tomada pelo próprio CNPE com antecedência de apenas 11 dias — pegando de surpresa muitos participantes da cadeia do biocombustível, que haviam planejado investimentos para atender a nova demanda. Na época, integrantes do governo federal demonstravam preocupação com os potenciais impactos do aumento da mistura do biodiesel sobre a inflação de alimentos, já que o principal insumo usado pelo país na produção do biocombustível é o óleo de soja. Além disso, como o biodiesel normalmente é mais caro do que o diesel A, um aumento na mistura tornaria mais caro o diesel B — o que também poderia gerar impacto inflacionário. Apesar de o diesel ter peso pequeno na carteira do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,24pc, a avaliação é de que o combustível fóssil tem impacto indireto relevante sobre a formação de preços de diversos produtos. O diesel respondeu sozinho por 42,5pc de toda a energia consumida pelo setor de transportes brasileiro em 2024, de acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN), realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A participação do combustível fóssil na energia utilizada pelo setor agropecuário foi de 47,4pc no mesmo período. Grandes distribuidores temem que a combinação do aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel (B15) e as dificuldades orçamentárias enfrentadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para fiscalizar as atividades do setor resulte em um aumento de fraudes — o que poderia aumentar distorções no mercado e prejudicar a competitividade de muitos participantes. Incertezas para a gasolina Ao contrário do B15, a nova mescla de 30pc de etanol anidro na gasolina (E30) deve pressionar para baixo os preços do produto final, já que o biocombustível costuma ser mais barato do que o fóssil. Produtores, refinadores e distribuidores ainda se debruçam sobre os dados para estimar os impactos do E30 no mercado. Na indústria do etanol, especula-se sobre uma possível retomada de importações com a maior necessidade de anidro — cenário que agora também depende dos avanços da disputa comercial entre Estados Unidos e Brasil. Já do lado da gasolina, há uma expectativa de redução nos volumes importados todo mês pelo país. Mas os próximos passos ainda dependem das especificações do combustível com a nova mistura. O E30 entrou em vigor sem que participantes do mercado tivessem conhecimento das especificações técnicas do novo combustível. Ontem encerrou-se o prazo de 5 dias úteis aberto pela ANP para consulta pública sobre o assunto, mas uma audiência ainda será realizada com os agentes em 11 de agosto. Além do próprio aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, a mudança do mandato poderá trazer novas regras para a octanagem do combustível final e adequações relacionadas à massa do produto, ambas previstas na resolução ANP nº 807/2020. Neste momento, há três alternativas regulatórias para análise: 1) Manutenção da regra atual; 2) Alteração apenas para a octanagem, elevando o parâmetro RON (Research Octane Number, em inglês) de 93 para 94; e 3) Alteração de octanagem e da tabela de massa específica da gasolina A, de modo a manter a qualidade atual na gasolina C. A terceira opção é defendida pela ANP e consta de minuta de resolução para alterar a resolução nº 807/2020, submetida à consulta do mercado. Neste cenário de incertezas persistentes, participantes do mercado mantêm dúvidas sobre como proceder em suas operações ou mesmo se será concedido o período de carência que a ANP normalmente aplica para esse tipo de transição — 30 dias na distribuição e 60 dias na revenda. Muitos traders colocaram o pé no freio para novas aquisições à espera de maior clareza, para evitar riscos de desenquadramento e maiores custos no futuro. Procurada pela Argus , a ANP não se manifestou até o fechamento desta nota. Por Marcos Mortari Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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