Acordo traz tranquilidade a caminhoneiros
A reunião realizada na segunda-feira entre representantes dos caminhoneiros e o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, trouxe "tranquilidade" ao setor ao desenhar um acordo que, entre outros pontos, transfere o custo do diesel para a tabela de fretes, informou a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).
O acordo entre governo e caminhoneiros inclui ainda propostas como estudar a eliminação de algumas multas aos caminhoneiros, promover mecanismos de fiscalização em relação à adoção de uma referência de custo do piso mínimo do frete.
Outro termo do acordo foi a celebração de um termo de compromisso com entidades representantes da categoria para tornar a fiscalização mais efetiva e facilitar a contratação de autônomos. Membros do ministério, porém, não forneceram informações sobre quais multas poderiam ser extintas e que métodos usaria para aumentar o nível de fiscalização.
O governo também assumiu compromissos de médio e longo prazo que incluem a construção de mais pontos de parada e a formação de cooperativas visando inibir a atuação de atravessadores no processo de negociação.
"A categoria estava em um momento de inquietação e insegurança... Por isso, era necessária uma resposta coerente do governo para aquilo que realmente é um problema", disse o presidente da CNTA, Diumar Bueno, em nota. "[Isso} amenizou as tensões da categoria", disse ele.
A reunião de ontem durou mais de quatro horas e contou com integrantes da CNTA e cerca de 20 lideranças dos caminhoneiros.
No dia 17 de abril, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, anunciou um reajuste médio de 4,5pc a 5pc nos preços de diesel praticados nas refinarias da estatal, resultando em um aumento médio de R$0,10/l. Anteriormente, em 11 de abril, a estatal havia anunciado um reajuste de 5,7pc nos preços de diesel nas refinarias, mas voltou atrás no mesmo dia, informando que havia "revisado suas posições de hedge" e que "havia margem para espaçar mais alguns dias o reajuste do diesel".
Em 26 de março a Petrobras anunciou que só reajustaria os preços do diesel a cada pelo menos 15 dias, para tentar evitar a repetição de uma greve nacional de caminhoneiros como a que ocorreu em maio de 2018. A Petrobras disse à época que o congelamento foi complementar ao hedge de preço de diesel adotado em dezembro de 2018, que pretendia aliar a garantia de resultados financeiros com a política de preços da Petrobras baseada no mercado internacional.
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PL deve considerar o diesel R, diz Abicom
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Sao Paulo, 19 March (Argus) — O Senado deve considerar a inclusão do diesel com conteúdo renovável (diesel R) no Projeto de Lei (PL) Combustível do Futuro, disse o presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araujo. A Câmara dos Deputados aprovou o texto em 13 de março, abrindo caminho para a votação do Senado antes da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre outras medidas, o projeto propõe o lançamento de um programa nacional de diesel renovável. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiria o mandato da mistura no combustível fóssil, com um piso de 3pc até 2037. Entretanto, o diesel R da Petrobras foi deixado de fora da conta do PL. A estatal produz o diesel R a partir do coprocessamento do combustível mineral com óleo vegetal, que contém uma porção de óleo vegetal hidratado (HVO, na sigla em inglês). "O diesel coprocessado reduz as emissões de CO2 e seu percentual deve ser considerado quando falamos em mistura obrigatória", afirmou Araujo em entrevista à Argus. "Acredito que este será o principal ponto a ser discutido no Senado." Em outubro, a distribuidora de combustíveis Ipiranga também passou a vender combustível com 5pc de diesel coprocessado, além da mistura obrigatória de biodiesel. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.
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