Estoques de etanol diminuem 10pc

  • : Biofuels
  • 14/09/21

Os estoques de etanol do Centro-Sul caíram 10pc na segunda metade de agosto na comparação anual, pressionados por um quadro de oferta e demanda restrita, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O estoque físico de etanol da região na atingiu 8,50 milhões de m³ em 31 de agosto, ante 9,45 milhões de m³ reportados no mesmo período do ano passado, quando as medidas restritivas impostas pela pandemia de Covid-19 impactaram a demanda por combustíveis. Os estoques cresceram 4,5pc em comparação com 2019.

A maior parte da queda no ano-a-ano foi impulsionada pelos estoques de etanol hidratado, que totalizaram 4,96 milhões de m³, redução anual de 24pc. Já o etanol anidro —usado na mescla da gasolina— respondeu por 3,54 milhões de m³, alta de 23pc na base anual.

A produção acumulada da safra 2021-22 até agora, entre 1º de abril e 31 de agosto, totalizou 18,82 milhões de m³, 1,5pc abaixo do mesmo período do ano anterior.

A moagem acumulada de cana-de-açúcar até então alcançou 393 milhões de t, queda de 5,5pc sobre o valor apurado no mesmo período de 2020. Já a produção de açúcar totalizou 24,2 milhões de t, uma queda de 6,4pc na base anual.

O mau tempo e os preços recordes do biocombustível estão gerando preocupações entre os varejistas de combustível, ao passo que as estimativas para as importações desta safra chegam a 1 milhão de m³.

Em julho, as temperaturas caíram abaixo de zero por várias noites consecutivas em muitas partes do Centro-Sul, a principal área produtora de cana-de-açúcar do país. Combinada com a seca contínua — a pior em quase um século —, a colheita foi afetada, elevando os preços dos alimentos por todo o país.

"A gente ainda tem uma estimativa de 18pc a 20pc de perdas, mas ainda leva um tempo para verificar o tamanho real das perdas que ocorreram com as geadas", afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina Dias, durante cerimônia no Palácio do Planalto em agosto.

Em condições normais, a safra da cana-de-açúcar terminaria em meados de novembro, mas os problemas climáticos em curso devem encerrar a moagem já em outubro. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) reduziu a previsão de oferta de cana na região para 530 milhões de t, com viés de baixa, após levantamento realizado com produtores.

Resultados ainda menores são uma possibilidade nas próximas semanas, já que incêndios recentes em algumas áreas de cultivo de cana, junto com o impacto ainda incerto do frio, levam alguns produtores a esperar uma safra ainda menor.


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Sao Paulo, 29 April (Argus) — Os estoques de etanol no Centro-Sul caíram 18pc na primeira metade de abril, à medida que as atividades da safra de cana-de-açúcar de 2024-25 começaram. Os estoques do biocombustível na principal região produtora do Brasil recuaram para 2,2 milhões de m³ até o dia 16 de abril, em comparação com 2,7 milhões de m³ registrados na quinzena anterior, segundo dados do Ministério da Agricultura. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os estoques foram de 1,9 milhão de m³, o avanço foi de 17pc. Os estoques de etanol hidratado representaram 1,3 milhões de m³ do total acumulado no período, baixa de 14pc na quinzena e alta de 12pc na variação anual. Já o etanol anidro totalizou cerca de 875.700m³, queda de 23pc na comparação com a quinzena anterior e crescimento de 25pc no ano. Até 16 de abril, 171 plantas haviam iniciado as operações para a nova temporada, em comparação com 166 unidades no mesmo período do ciclo anterior, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O início da safra facilitou o acesso de participantes de mercado aos estoques do biocombustível, ao passo que alguns players reportaram dificuldades em comprar de estoques no fim de março. Por Laura Guedes Produção sucroalcooleira do Centro-Sul 15-Abril ano atrás ± Etanol total m³ 830.437 721.630 15% Cana-de-açúcar '000t 15.847 15.155 5% Açúcar t 675.822 582.476 16% Mapa Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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Sao Paulo, 25 April (Argus) — A produção de etanol de milho compensará parcialmente uma queda no processamento do biocombustível à base de cana-de-açúcar na safra de 2024-25, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A companhia espera que a produção total de etanol – de cana-de-açúcar e milho – para a temporada atual atinja 34,1 milhões de m³, baixa de 4pc em comparação ao ciclo recorde de 2023-24. O processamento total de anidro, usado como mistura para a gasolina, deve crescer 6,2pc, 892.500m³ a mais que na safra anterior, a 15,1 milhões de m³. Já o hidratado deve recuar 10pc, para 18,9 milhões de m³. Do total que será produzido no ano, a cana-de-açúcar deverá ser matéria-prima para 27,3 milhões de m³ deste volume, 8pc a menos do que na safra anterior, à medida que sua moagem deve diminuir 3,8pc, para 685,8 milhões de t. Isto se compara com 713,2 milhões de m³ em 2023-24, o maior valor já registrado no país. Condições climáticas adversas, como falta de chuvas e altas temperaturas no Centro-Sul, reduzirão a produtividade no período, reportou a Conab. Enquanto isso, a área de plantação de cana-de-açúcar subiu 4,1pc, para 8,6 milhões de hectares (ha), com mais áreas em expansão e renovação. As usinas também devem continuar favorecendo um mix mais açucareiro em detrimento do biocombustível. A organização espera que a produção de açúcar cresça 1,3pc, para 46,2 milhões de t. Os preços do açúcar estão mais atrativos no mercado internacional, com importantes exportadores como Índia e Tailândia diminuindo os embarques e abrindo espaço para a commodity brasileira. Nesse cenário, o processamento do etanol de milho deve compensar "parcialmente" o volume menor de biocombustível de cana, segundo a Conab. Serão produzidos 6,8 milhões de m³ do produto, alta de 16pc na base anual. O etanol de grãos está quebrando recordes a cada safra nos últimos anos, crescendo exponencialmente especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O país construirá 10 novas plantas do biocombustível de milho nos próximos dois anos, afirmou a consultoria SCA Brasil. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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