Viewpoint: Brazil biodiesel sector looks outward

  • : Biofuels, Oil products
  • 29/12/21

Brazil's launch of direct spot biodiesel sales in 2022 is prompting producers and fuel distributors to look at both imports and exports as viable alternatives for the next two years.

Plants that idled biodiesel capacity during the Covid-19-induced slump are seeking to export to the EU and Peru, while retailers are lobbying the government to open the market for cheaper imports from Argentina ahead of the planned import opening in 2023.

Exporting biodiesel would be a way for producers to increase revenue and strengthen their finances as they face a more competitive domestic market with the onset of the new direct spot sales model, which comes amid a weaker demand environment.

Direct spot sales among plants and distributors, by mutual accord, are expected to account for up to 20pc of market demand. Those sales could total about 1.46bn l (25,253 b/d) of biodiesel in 2022, taking into account the total volume of 7.32bn l sold at auction from January to November of this year, according to ANP data. The remaining 80pc next year would be sold through direct contracts.

In an unexpected December decision, the national energy policy council (CNPE) maintained the blending mandate at 10pc for all of 2022, a factor that is likely to keep more producers idle. This comes as the direct sales model will take effect next year, replacing the public auctions that ended in October. The blending mandate between March this year and February 2022 should have been 13pc, but soaring inflation in Brazil prompted the government to keep the blend below that level for most of that time and, more recently, for all of next year.

The biggest soybean crushers and non-vertically integrated plants are trying to obtain International Sustainability and Carbon Certification (ISCC) to sell biodiesel to the EU. Southern producer BSBios took advantage of a surplus in the domestic market created by a cut in the mandate to test the export market as it shipped a cargo of 4mn l (28,540/bl) to Belgium in November. The company expects to make monthly shipments to the EU and to other markets after expanding its plants.

BSBios had previously exported a small volume of biodiesel in 2015. In April 2020, JBS, the world's largest meat processor, also exported 3.6mn l of biodiesel to Europe amid a decline in domestic demand and a weaker Brazilian currency.

Other large groups with facilities in the southeast, center-west, and northeast are also seeking export certifications. This month, a company missed an opportunity to sell 3mn l to the EU because it was not ISCC certified, a source told Argus.

The cut in the biodiesel mandate will increase the supply of soybean oil in Brazil amid falling consumption. Soyoil sales are expected to drop by 4pc to 8.2mn t in 2021 and fall by 3pc to 7.95mn t next year, according to Brazil's Vegetable Oil Industries Association (Abiove).

The drop in domestic demand should also favor exports of vegetable oil, which are expected to rise by 3pc to 1.65mn t in 2022, with India as a promising new market, according to the producer's association.

Fuel retailers eager to import

While plants have been looking for new markets overseas, fuel distributors are scrambling to accelerate the entry of biodiesel imports, scheduled to begin in May 2023.

The distributors' strategy focuses on the port of Itaqui, in the state of Maranhao, to supply northeastern and northern regions. The few plants located in the region cannot keep up with local demand, while the main production centers of the southern and center-west regions are distant, incurring high logistics costs.

As these consumer centers are short on production, retailers are looking to import biodiesel from Argentina when the arbitrage allows. Exporting to Brazil is an attractive prospect for producers in neighboring Argentina, as lawmakers there halved the biodiesel blending mandate to 5pc through 2030. The Argentinian biodiesel industry is also struggling with a high rate of idled capacity, at 50pc, about the same as in Brazil.

While fuel retailers are negotiating with the Brazilian government to open the market for imports, distributors are already tracking the import parity for biodiesel coming out of the Argentinean port of Rosario on the south bank of the Parana river. The watchword is to have the structure in place, ready to import as soon as the Brazilian government authorizes imports and the arbitrage opens.

Importing Argentinean biodiesel into Brazil could be advantageous for Brazilian distributors, allowing them tap into the flow of vessels laden with clean fuels coming from the US Gulf coast and the EU headed to the Southern Cone. Instead of returning empty, the vessels on the backhaul to the US or EU could drop off loads of biodiesel in Brazil's northeast.

Brazil's membership within the Mercosur regional free trade bloc should also facilitate negotiations for importers.


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Sao Paulo, 24 April (Argus) — Os diferenciais logísticos dos contratos de biodiesel para suprimento entre maio-junho recuaram consideravelmente em relação ao período entre março-abril, sob pressão dos altos estoques nas indústrias, da maior oferta de soja para esmagamento e, consequentemente, de óleo vegetal para a produção. Esse diferencial logístico das usinas inclui na fórmula do preço do biodiesel o contrato da commodity em Chicago, o câmbio e o diferencial do óleo vegetal no porto de Paranaguá. É a parcela na precificação de contratos ligada à margem dos produtores. As negociações começaram com as usinas pedindo valores maiores para recuperarem parcialmente as perdas com paradas não programadas, decorrentes dos atrasos nas coletas pelas varejistas . Entretanto, o cenário de sobreoferta prevaleceu e os preços caíram. Com os saldos elevados nas indústrias, as distribuidoras de combustíveis optaram por adquirir volumes mais próximos das metas estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) para o período. A expectativa é de que as vendas voltem a ganhar tração em maio e junho. Neste período do ano, a demanda é tipicamente maior, devido ao consumo elevado de diesel B pelo setor agrícola com as safras de grãos e cana-de-açúcar em curso. O setor de distribuição considera o prolongamento da situação de desequilíbrio entre oferta ampla de diesel importado nos portos e demanda aquém do esperado. A situação gera receio entre participantes, que veem tal comportamento como um sinal de descumprimento do mandato de mescla de biodiesel. De acordo com dados da ANP, a taxa de conformidade do diesel B foi caiu de 95,2pc para de 83,4pc entre março-abril, menor nível registrado desde o começo do monitoramento, em 2016. O descumprimento do teor mínimo de biodiesel foi contabilizado em 67pc das infrações registradas durante o período, contra uma taxa média histórica de 47pc. O cancelamento do regime especial de tributação de empresas importadoras de combustíveis pela Secretário da Fazenda (Sefaz) do Amapá deve acabar com as distorções de preços no mercado de diesel e colaborar para o reequilíbrio da oferta do produto no país. Variações O maior recuo nos diferenciais foi observado na Bahia, onde os prêmios deverão encerrar o período de contratação entre R$600-830/m³ ante intervalo de R$730-1.020/m³ no período entre março-abril, conforme levantamento feito pela Argus . Na microrregião norte de Goiás-Tocantins, houve queda R$142/m³, no intervalo de R$300-535/m³ para o próximo bimestre ante os atuais R$440-680/m³. Por Alexandre Melo Diferenciais das usinas de biodiesel R$/m³ Maio/Junho Março/Abril ± Mínima Máxima Mínima Máxima Rio Grande do Sul 110 380 280 450 -120 Sorriso-Nova Mutum 50 340 220 350 -90 Cuiabá-Rondonópolis 80 405 280 450 -123 Norte de Goiás-Tocantins 300 535 440 680 -142 Sul de Goias 350 500 450 650 -125 Paraná-Santa Catarina 150 450 400 480 -140 Bahia 600 830 730 1,120 -210 Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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