A gigante do setor sucroalcooleiro Raízen recebeu certificação emitida pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO, na sigla em inglês) habilitando seu etanol para a produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês).
A licença ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), emitida pela ICAO, atesta que a produção de etanol no Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP), cumpre os requisitos internacionais para a produção de SAF. Além do etanol convencional, a unidade de Costa Pinto conta com uma planta-piloto de 30.000 m³/ano de etanol de segunda geração (E2G), ou celulósico, feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar.
O etanol será convertido em SAF usando a tecnologia Alcohol-to-Jet (AtJ). Nenhuma meta de produção de SAF foi divulgada, mas a Raízen tem avançado em seus planos para ter 20 unidades de E2G em operação até março de 2031, com uma capacidade instalada de produção de, aproximadamente, 1,6 milhão de m³/ano.
Segundo a empresa, a produção acumulada de E2G em Costa Pinto totalizou 30.300m³ na temporada 2022-23. A empresa tem planos de lançar uma segunda unidade de produção de E2G em seu parque industrial de Bonfim, em Guariba, este ano.
O presidente-executivo da Raízen, Ricardo Mussa, disse à Argus no mês passado que o aumento da produção SAF em todo o mundo levará ao aumento da demanda por etanol 2G.

