Corrige nome da certificação.
A BP Bunge Bioenergia, joint venture entre a empresa de energia BP e a trading de alimentos Bunge, recebeu a Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono (ISCC, na sigla em inglês) Corsia, que comprova que seu etanol à base de cana-de-açúcar está de acordo com exigências internacionais para produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês).
A certificação se aplica para sua usina em Ouroeste, em São Paulo, informou a companhia.
A BP Bunge agora é parte da cadeia de fornecimento de etanol para SAF a todos os países membros da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês). Isso permite a rastreabilidade do combustível renovável, ponto fundamental da corrida do setor aéreo para neutralizar emissões de gases de efeito estufa até 2050.
O ISCC é o principal sistema de certificação internacional para biomassa e bioenergia, com foco na sustentabilidade do uso da terra em conjunto com a rastreabilidade e a verificação dos gases de efeito estufa.
"A solução para transição energética não se fará por um único caminho, são várias rotas, mas o etanol da cana-de-açúcar é a solução que o Brasil já tem disponível, com escala", disse o diretor comercial e de originação da BP Bunge, Ricardo Carvalho.
A certificação também impulsiona os esforços da BP Bunge para exportação de etanol, com clientes nos Estados Unidos, Japão, Coreia e Europa.
O grupo já possui a certificação do Conselho de Qualidade do Ar do Estado da Califórnia (CARB, na sigla em inglês) — direcionada para a exportação de biocombustíveis de baixo carbono para a Califórnia — e é registrado na Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) para comercialização de etanol.
A empresa também atua sob a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) e é certificada pela Bonsucro, verificadora internacional de sustentabilidade da cana-de-açúcar.
A BP Bunge agora se junta às empresas sucroalcooleiras Raízen e São Martinho e à multinacional sucroenergética Zilor, que também já receberam a certificação ISCC Corsia Plus para produzir etanol como matéria-prima para o SAF.
O Brasil, referência global em biocombustíveis como o etanol e o biodiesel, é considerado um grande player em potencial no SAF pela indústria de transporte aéreo e pelo Departamento de Energia dos EUA, devido à via de conversão pela tecnologia alcohol-to-jet (AtJ, na sigla em inglês).

