Produção de veículos recua em 2023

  • : Biofuels, Metals, Oil products
  • 10/01/24

A produção brasileira de veículos caiu 1,9pc em 2023 em comparação a 2022, com maiores volumes de importação e exportações mais baixas prejudicando a fabricação doméstica.

O país produziu 2,3 milhões de veículos de janeiro a dezembro, queda em relação às 2,4 milhões de unidades fabricadas no ano anterior, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Já as vendas de veículos cresceram 9,7pc no mesmo período, atingindo 2,3 milhões de unidades.

O Brasil exportou quase 403.920 veículos em 2023, baixa de 16pc ante 2022. O México ultrapassou a Argentina pela primeira vez como o principal destino para a carga brasileira, representando 32pc de fatia de mercado.

A Argentina ainda está entre os principais importadores, com 27pc de participação, seguida por Colômbia, Uruguai e Chile, com 8pc, 8pc e 6pc, respectivamente.

Além da queda das exportações, volumes mais elevados de importação também contribuíram para diminuir a produção interna. A Argentina continuou como o maior fornecedor, contando com 63pc de participação, enquanto a China apareceu em seguida, enviando cerca de 42.000 unidades em 2023, forte alta em relação aos 7.900 veículos registrados em 2022.

Em dezembro, a produção recuou 10pc em relação ao mesmo mês em 2022, registrando 171.580 unidades. No intervalo, as vendas avançaram 14pc, para 248.560 veículos, e as exportações encolheram 17pc, para 25.680.

Projeções para 2024

A Anfavea espera que o Brasil produza cerca de 2,5 milhões de veículos em 2024, alta de 6,2pc comparado a 2023.

As vendas devem subir 6,1pc, para 2,45 milhões de unidades. Já as exportações devem crescer ligeiramente para 407.000, expansão de 0,7pc.

O programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) – novo plano de descarbonização para a frota de transporte, que substitui o Rota 2023 – deve atrair mais investimentos para a indústria automotiva neste ano, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

O governo federal lançou o programa na semana passada e o Congresso ainda precisa aprová-lo.

A Anfavea se reunirá com o governo e outros participantes do setor para discutir detalhes e colaborações para o projeto nos próximos dias, informou Leite, chamando o Mover de "fundamental" para o setor.

Participação de mercado de veículos leves por combustível%
20232022± (pp)
Gasolina2.82.50.3
Elétricos0.90.40.5
Híbridos3.42.11.3
Flex8383.3-0.3
Diesel9.911.7-1.8

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Estoques de etanol no Centro-Sul recuam em abril


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Sao Paulo, 29 April (Argus) — Os estoques de etanol no Centro-Sul caíram 18pc na primeira metade de abril, à medida que as atividades da safra de cana-de-açúcar de 2024-25 começaram. Os estoques do biocombustível na principal região produtora do Brasil recuaram para 2,2 milhões de m³ até o dia 16 de abril, em comparação com 2,7 milhões de m³ registrados na quinzena anterior, segundo dados do Ministério da Agricultura. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os estoques foram de 1,9 milhão de m³, o avanço foi de 17pc. Os estoques de etanol hidratado representaram 1,3 milhões de m³ do total acumulado no período, baixa de 14pc na quinzena e alta de 12pc na variação anual. Já o etanol anidro totalizou cerca de 875.700m³, queda de 23pc na comparação com a quinzena anterior e crescimento de 25pc no ano. Até 16 de abril, 171 plantas haviam iniciado as operações para a nova temporada, em comparação com 166 unidades no mesmo período do ciclo anterior, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O início da safra facilitou o acesso de participantes de mercado aos estoques do biocombustível, ao passo que alguns players reportaram dificuldades em comprar de estoques no fim de março. Por Laura Guedes Produção sucroalcooleira do Centro-Sul 15-Abril ano atrás ± Etanol total m³ 830.437 721.630 15% Cana-de-açúcar '000t 15.847 15.155 5% Açúcar t 675.822 582.476 16% Mapa Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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Sao Paulo, 25 April (Argus) — A produção de etanol de milho compensará parcialmente uma queda no processamento do biocombustível à base de cana-de-açúcar na safra de 2024-25, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A companhia espera que a produção total de etanol – de cana-de-açúcar e milho – para a temporada atual atinja 34,1 milhões de m³, baixa de 4pc em comparação ao ciclo recorde de 2023-24. O processamento total de anidro, usado como mistura para a gasolina, deve crescer 6,2pc, 892.500m³ a mais que na safra anterior, a 15,1 milhões de m³. Já o hidratado deve recuar 10pc, para 18,9 milhões de m³. Do total que será produzido no ano, a cana-de-açúcar deverá ser matéria-prima para 27,3 milhões de m³ deste volume, 8pc a menos do que na safra anterior, à medida que sua moagem deve diminuir 3,8pc, para 685,8 milhões de t. Isto se compara com 713,2 milhões de m³ em 2023-24, o maior valor já registrado no país. Condições climáticas adversas, como falta de chuvas e altas temperaturas no Centro-Sul, reduzirão a produtividade no período, reportou a Conab. Enquanto isso, a área de plantação de cana-de-açúcar subiu 4,1pc, para 8,6 milhões de hectares (ha), com mais áreas em expansão e renovação. As usinas também devem continuar favorecendo um mix mais açucareiro em detrimento do biocombustível. A organização espera que a produção de açúcar cresça 1,3pc, para 46,2 milhões de t. Os preços do açúcar estão mais atrativos no mercado internacional, com importantes exportadores como Índia e Tailândia diminuindo os embarques e abrindo espaço para a commodity brasileira. Nesse cenário, o processamento do etanol de milho deve compensar "parcialmente" o volume menor de biocombustível de cana, segundo a Conab. Serão produzidos 6,8 milhões de m³ do produto, alta de 16pc na base anual. O etanol de grãos está quebrando recordes a cada safra nos últimos anos, crescendo exponencialmente especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O país construirá 10 novas plantas do biocombustível de milho nos próximos dois anos, afirmou a consultoria SCA Brasil. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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