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Crane barge arriving at Baltimore bridge tonight

  • Mercados: Agriculture, Coal, Coking coal, Fertilizers, Freight, Metals, Oil products, Petroleum coke
  • 28/03/24

The first major piece of equipment capable of beginning to clear the blocked Port of Baltimore, Maryland, is expected to arrive onsite tonight.

The Chesapeake 1000 crane barge, capable of lifting 1,000 short tons with its a 231ft-long boom, is expected to arrive at the site of the collapsed Francis Scott Key Bridge near Baltimore at 11pm ET on 28 March, the US Coast Guard (USCG) told Argus.

Both the crane and the tug pulling it, Atlantic Enterprise, are owned by Donjon Marine. It is currently the only crane on route to the collapsed bridge, the USCG said.

There is no official timetable for the reopening of the port after the Interstate 695 highway bridge over the Patapsco River was hit in the early hours of 26 March by a container ship and collapsed, with the debris and ship blocking the waterway.

The operator of the ship, Maersk, has contracted with marine salvage company Resolve Marine to refloat the vessel and remove it from the area, according to the USCG. It is not clear who has contracted for the Chesapeake 1000.

Despite the inbound crane, it could take weeks or even months to clear debris and reopen the waterway under the collapsed bridge according to a engineering professor at the nearby Johns Hopkins University.


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16/10/25

CooperAlfa se prepara para operações de biodiesel

CooperAlfa se prepara para operações de biodiesel

Sao Paulo, 16 October (Argus) — A CooperAlfa, cooperativa concentrada na produção de grãos e farinhas, se prepara para iniciar atividades no mercado de biodiesel a partir de 2027, após finalizar a construção de sua primeira usina em Chapecó (SC). A capacidade da nova usina será de 1.150 m³/d e faz parte do plano de expansão da entidade, que também amplia seu processamento de grãos e intensifica esforços para atuar em diferentes segmentos do complexo soja. Em conversa com a Argus, o assessor comercial da CooperAlfa, Luiz Kessler , fala sobre os planos da cooperativa para manter o equilíbrio entre as operações de biodiesel e o suprimento de insumos no mercado doméstico. A seguir, os principais trechos da entrevista. O que levou a CooperAlfa a entrar no mercado de biodiesel? Participamos do programa de biodiesel brasileiro desde o princípio, principalmente como fornecedor de matéria-prima para as indústrias do biocombustível. Atualmente, ofertamos mais de 200.000 toneladas (t)/ano de soja produzida a partir da agricultura familiar, que vão [no formato de óleo] para as empresas [produtoras de biodiesel]. O foco da cooperativa é a agricultura familiar e os pequenos produtores. Vemos no biodiesel uma oportunidade de melhorar essa relação comercial com esses trabalhadores e com o mercado. Ampliamos o esmagamento de soja há aproximadamente 2 anos. Passamos de 700t para 2.000 t/d, com a expertise de vender óleo e farelo de soja no mercado. A partir daí começamos a analisar qual seria o próximo passo. Considerando o mandato de mescla e projeção de aumento [de biodiesel no diesel], enxergamos a oportunidade de incluir esse segmento nos negócios da cooperativa. Como a CooperAlfa planeja ganhar espaço em um mercado que já conta com quase 60 usinas de biodiesel? Acredito que a disputa será com participantes mais fortes do que nós, mas uma particularidade nossa é o relacionamento que fazemos com os clientes. Nossa estratégia foi colocar três centrífugas na usina, para poder trabalhar com três módulos diferentes até chegar aos mais de 1.000 m³/d. Será mais tranquilo administrar a quantidade de biodiesel que produziremos, de acordo com o mercado que formos conquistando. A CooperAlfa produzirá biodiesel a partir de óleo de soja ou usará outros insumos? Projetamos a fábrica para ser flex, então terá a possibilidade de receber outras gorduras. Começaremos a rodar com óleo de soja e vamos aprendendo com o tempo, mas a ideia é aproveitar todas as oportunidades que existirem. Estamos localizados numa região de grades frigoríficos, tanto de suínos como de aves, então há também disponibilidade dessas gorduras. A oferta de óleo de soja da CooperAlfa diminuirá com a produção de biodiesel? A nossa estrutura tem tanques para comercialização de óleo de soja, mas a conta é que vai dizer onde vamos "colocar os ovos", no biodiesel ou no insumo. Mas deixaremos de ofertar parte do volume de óleo para o mercado. Percebemos que o sucesso maior é para quem consegue trabalhar em toda a cadeia. Nós temos o produtor, a soja, a indústria de processamento e, agora, a de biodiesel. Por Natalia Dalle Cort Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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ANP aprova nova especificação para gasolina


05/09/25
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05/09/25

ANP aprova nova especificação para gasolina

Sao Paulo, 5 September (Argus) — A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou, nesta sexta-feira (5), a alteração da resolução que trata das especificações da gasolina. A decisão ocorre pouco mais de um mês após o início da vigência do novo mandato de mistura de etanol anidro ao combustível fóssil, que subiu de 27pc para 30pc, conforme decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A ANP estabeleceu a elevação do parâmetro RON (Research Octane Number, em inglês) de 93 para 94, e a manutenção dos valores mínimos de massa específica para a gasolina A em 688,9 kg/m³ a 20ºC sob o E30. A agência argumenta que o movimento assegura o objetivo estabelecido pelo CNPE de garantir ao consumidor o acesso aos efeitos positivos da nova mistura, com vantagens de qualidade com um combustível de maior octanagem e evitando uma perda de qualidade na gasolina oferecida, além da promoção de eficiência energética. Como o etanol anidro conta com um RON na casa de 109, a elevação da mescla de E27 para E30 em tese poderia abrir espaço para o uso de uma gasolina A com menor octanagem, caso a exigência para a gasolina C fosse mantida em RON 93. A elevação para RON 94, portanto, visa um ajuste proporcional de parâmetro para garantir a manutenção do atual nível de qualidade para a gasolina antes da mistura. Como o etanol também possui propriedades de massa mais elevadas em comparação com a gasolina (apesar de potencial energético menor), a manutenção das especificações do E27 para o combustível final no E30 também poderia abrir a possibilidade de uso de gasolina A com menor massa sob o novo mandato de mescla. Neste caso, para garantir a qualidade do produto oferecido ao consumidor final, a ANP sugeriu a atualização da tabela de valores mínimos de massa específica, repetindo a exigência de 688,9 kg/m³ para a gasolina A para o E30. O parâmetro para a massa da gasolina C, por outro lado, seguiu em 715 kg/m³, pela falta de tempo para discussão de novos níveis com agentes do mercado. A decisão da nova especificação da gasolina sob o E30 acontece após a realização de consulta pública em prazo reduzido de 5 dias, que contou com 24 contribuições de 13 atores distintos, entre empresas, associações e instituições governamentais. Também houve uma audiência pública por videoconferência para debater os potenciais impactos das alterações propostas pela ANP. Os dois pontos relacionados à octanagem e à massa específica do combustível já estavam previstos na minuta de resolução apresentada pela agência aos participantes do mercado. Mas também foram incorporadas duas sugestões feitas durante as consultas, estabelecendo prazos de transição para a adequação às novas regras e autorizando a inclusão de metodologias alternativas para a verificação do teor de etanol anidro nas gasolinas C. Pelo texto aprovado pelos diretores da ANP, fica determinado que, sempre que houver alteração na legislação que estabelece o teor de etanol anidro na gasolina, a aplicação de autuação por não conformidade das novas misturas somente poderá ocorrer após uma carência mínima. No caso da cadeia de distribuição, o prazo é de 30 dias para a região Norte e 15 dias para as demais localidades. Já na revenda, são 60 dias para o Norte e 15 para as demais regiões do país. Para entrar em vigor, a resolução ainda depende da publicação no Diário Oficial da União (DOU), quando participantes do mercado poderão acessar os detalhes das novas regras. Por Marcos Mortari Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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Aumento da área de soja no Brasil é o menor em 18 anos


22/08/25
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22/08/25

Aumento da área de soja no Brasil é o menor em 18 anos

Sao Paulo, 22 August (Argus) — A área plantada de soja no Brasil na safra 2025-26 pode ter o menor crescimento percentual desde a safra 2007-08, devido às margens mais apertadas dos produtores, mas ainda mantém uma tendência de crescimento de duas décadas. Os agricultores devem plantar 48,5 milhões de hectares (ha) de soja no próximo ciclo, com base na média das estimativas de participantes do mercado. Isso representaria um aumento de 1,8pc em relação à área plantada na safra 2024-25, em comparação com um crescimento médio de 4,8pc desde 2007-08. A área plantada cresceu 3,2pc na safra atual em relação ao ciclo 2023-24, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Brasil vem expandindo a área plantada de soja — sua maior cultura agrícola — a cada ano desde o ciclo 2007-08, quando semeou 21,3 milhões de ha. Desde então, a área plantada mais que dobrou. Em números absolutos, a área da safra 2025-26 crescerá em 871.800ha, o menor valor desde a safra 2018-19, que aumentou em 724.800ha. As expansões estão desacelerando e o crescimento tem se tornado progressivamente mais lento nos últimos dois anos. Os preços internacionais caíram acentuadamente desde 2023 devido a um excesso de oferta global de soja . O contrato futuro para o mês mais próximo na Bolsa de Chicago (CBOT) atingiu 1.034,5 centavos de dólar por bushel (¢/bu) em 21 de agosto, queda de 33,6pc em relação ao pico registrado em junho de 2023. Os custos de produção apresentaram tendência oposta, impulsionados pelos preços mais altos dos fertilizantes e pesticidas. Os investimentos nessas duas categorias de insumos devem aumentar 9,6pc e 4,3pc em relação à safra 2024-25, respectivamente, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil. Os fertilizantes fosfatados são o principal nutriente utilizado no cultivo da soja, mas a oferta tem sido restrita nos últimos anos. O Marrocos, grande fornecedor, mudou sua estratégia de produção para se tornar menos dependente do MAP, e a China — outro grande exportador — reduziu as exportações para atender à demanda interna. A Rússia agora responde pela maior parte do fornecimento ao mercado brasileiro, aumentando os preços devido à falta de concorrência. As compras para a safra de soja, com plantio programado para começar em setembro, intensificaram-se entre maio e agosto. O preço do MAP 11-52 cfr Brasil atingiu $740-755/t em 21 de agosto, uma alta de mais de 40pc em dois anos. Os fundamentos econômicos brasileiros também preocupam agricultores, que enfrentam dificuldades para obter acesso a linhas de crédito para financiar as safras. A taxa Selic atingiu 15pc em junho deste ano, o maior nível desde julho de 2006. O número de agricultores que não cumpriram suas obrigações financeiras atingiu 7,9pc no primeiro trimestre de 2025, segundo a empresa de análise de risco Serasa Experia. Isso representa um aumento de quase um ponto percentual em relação ao ano anterior e ocorre após um ciclo de safra abaixo do esperado em 2023-24, impulsionado pelo clima desfavorável na maior parte do país. Uma safra recorde de soja no ciclo 2024-25, junto da forte demanda chinesa, que elevou os preços, conseguiram oferecer algum alívio para agricultores, mas não o suficiente para compensar o peso dos custos de produção mais altos, das altas taxas de juros e dos preços que ainda não retornaram aos mesmos níveis de dois anos atrás. Espaço para crescimento Porém, ainda há espaço para mais crescimento no futuro, apesar das condições que limitam os investimentos, de acordo com participantes do mercado. O Brasil tinha aproximadamente 28 milhões de ha de pastagens degradadas com potencial para o cultivo de soja em 2024, mostram dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Pastagens degradadas são aquelas onde a ação humana ou processos naturais alteraram as características originais além do ponto de recuperação natural, exigindo intervenção. A Embrapa considera cerca de 17,5 milhões de ha das áreas de pastagem estão em condições intermediárias, apresentando potencial bom ou muito bom para práticas agrícolas. Os outros 10,5 milhões de ha de pastagens são considerados em condições severas de degradação. Entre os estados que apresentaram as maiores áreas estão o centro-oeste do Mato Grosso, com 5,1 milhões de ha; Goiás, com 4,7 milhões de ha; e Mato Grosso do Sul, com 4,3 milhões de hectares. O Centro-Oeste é o maior polo produtor de soja do Brasil. No entanto, essas áreas precisam de investimentos privados e governamentais para cultivar soja com sucesso, disseram participantes de mercado. O Brasil precisaria investir R$482,6 bilhões para converter os 28 milhões de ha de pastagens degradadas em lavouras de soja, estima o banco de investimentos Itaú BBA. A previsão leva em consideração as aplicações de nutrientes necessárias para a recuperação dessas áreas. A grande extensão territorial do Brasil permitiu a expansão da área plantada quando as condições ainda eram favoráveis à cultura. Os preços apresentaram tendência de alta durante a maior parte das últimas duas décadas, com a demanda chinesa mais forte e mais investimentos no setor de biocombustíveis. A soja é a cultura mais importante do Brasil. O país tem fornecido aproximadamente 60pc ao ano do total importado pela China — o maior comprador mundial — desde 2020, segundo dados do Global Trade Tracker e da alfândega chinesa. O Centro-Oeste tem registrado a maior participação em áreas destinadas à soja em números absolutos desde o ciclo 2007-08. A área plantada aumentou para 22 milhões de ha na safra 2024-25, ante 9,6 milhões de ha naquela época, mostram dados da Conab. A área plantada na região Norte aumentou para 3,7 milhões de ha na safra 2024-25, ante 517.500ha na temporada 2007-08, representando o maior aumento percentual, apesar da menor área. O Nordeste teve o segundo maior crescimento, de 1,6 milhão de ha para 4,7 milhões de ha. Os estados dessas regiões pertencem à região do Matopiba , confluência dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Ainda assim, o crescimento exponencial da área plantada com soja no Brasil continua, em contraste com os investimentos limitados de outros grandes produtores. Os Estados Unidos e a Argentina reduziram a área plantada de soja desde os picos das safras 2017-18 e 2015-16, de 36,2 milhões de ha e 19,4 milhões de ha, respectivamente. Por Nathalia Giannetti e Sofia Zizza Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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B15 e E30 entram em vigor sob preocupações do mercado


01/08/25
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01/08/25

B15 e E30 entram em vigor sob preocupações do mercado

Sao Paulo, 1 August (Argus) — Os novos mandatos de mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina e de biodiesel no diesel entraram em vigor a partir desta sexta-feira (1), em todo o território brasileiro. Para o diesel, a mescla de biodiesel a ser cumpria por distribuidores aumentou 1 ponto percentual, para 15pc no produto que é oferecido ao consumidor. Já para a gasolina, o percentual de etanol anidro misturado foi de 27pc para 30pc. As novas mesclas passaram a valer 37 dias após deliberação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que publicou as mudanças na forma das resoluções nºs 8 (para o diesel) e 9 (para a gasolina) de 2025, em meio a uma grande expectativa de integrantes do setor de biocombustíveis. No caso do biodiesel, a mudança estava programada para acontecer em 1º de março, mas foi suspensa temporariamente por decisão tomada pelo próprio CNPE com antecedência de apenas 11 dias — pegando de surpresa muitos participantes da cadeia do biocombustível, que haviam planejado investimentos para atender a nova demanda. Na época, integrantes do governo federal demonstravam preocupação com os potenciais impactos do aumento da mistura do biodiesel sobre a inflação de alimentos, já que o principal insumo usado pelo país na produção do biocombustível é o óleo de soja. Além disso, como o biodiesel normalmente é mais caro do que o diesel A, um aumento na mistura tornaria mais caro o diesel B — o que também poderia gerar impacto inflacionário. Apesar de o diesel ter peso pequeno na carteira do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,24pc, a avaliação é de que o combustível fóssil tem impacto indireto relevante sobre a formação de preços de diversos produtos. O diesel respondeu sozinho por 42,5pc de toda a energia consumida pelo setor de transportes brasileiro em 2024, de acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN), realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A participação do combustível fóssil na energia utilizada pelo setor agropecuário foi de 47,4pc no mesmo período. Grandes distribuidores temem que a combinação do aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel (B15) e as dificuldades orçamentárias enfrentadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para fiscalizar as atividades do setor resulte em um aumento de fraudes — o que poderia aumentar distorções no mercado e prejudicar a competitividade de muitos participantes. Incertezas para a gasolina Ao contrário do B15, a nova mescla de 30pc de etanol anidro na gasolina (E30) deve pressionar para baixo os preços do produto final, já que o biocombustível costuma ser mais barato do que o fóssil. Produtores, refinadores e distribuidores ainda se debruçam sobre os dados para estimar os impactos do E30 no mercado. Na indústria do etanol, especula-se sobre uma possível retomada de importações com a maior necessidade de anidro — cenário que agora também depende dos avanços da disputa comercial entre Estados Unidos e Brasil. Já do lado da gasolina, há uma expectativa de redução nos volumes importados todo mês pelo país. Mas os próximos passos ainda dependem das especificações do combustível com a nova mistura. O E30 entrou em vigor sem que participantes do mercado tivessem conhecimento das especificações técnicas do novo combustível. Ontem encerrou-se o prazo de 5 dias úteis aberto pela ANP para consulta pública sobre o assunto, mas uma audiência ainda será realizada com os agentes em 11 de agosto. Além do próprio aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, a mudança do mandato poderá trazer novas regras para a octanagem do combustível final e adequações relacionadas à massa do produto, ambas previstas na resolução ANP nº 807/2020. Neste momento, há três alternativas regulatórias para análise: 1) Manutenção da regra atual; 2) Alteração apenas para a octanagem, elevando o parâmetro RON (Research Octane Number, em inglês) de 93 para 94; e 3) Alteração de octanagem e da tabela de massa específica da gasolina A, de modo a manter a qualidade atual na gasolina C. A terceira opção é defendida pela ANP e consta de minuta de resolução para alterar a resolução nº 807/2020, submetida à consulta do mercado. Neste cenário de incertezas persistentes, participantes do mercado mantêm dúvidas sobre como proceder em suas operações ou mesmo se será concedido o período de carência que a ANP normalmente aplica para esse tipo de transição — 30 dias na distribuição e 60 dias na revenda. Muitos traders colocaram o pé no freio para novas aquisições à espera de maior clareza, para evitar riscos de desenquadramento e maiores custos no futuro. Procurada pela Argus , a ANP não se manifestou até o fechamento desta nota. Por Marcos Mortari Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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Tarifas devem cessar fluxo de açúcar do CS para EUA


31/07/25
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31/07/25

Tarifas devem cessar fluxo de açúcar do CS para EUA

Sao Paulo, 31 July (Argus) — A tarifa final de 50pc imposta pelos Estados Unidos sobre as importações brasileiras deve inviabilizar os embarques de açúcar do Brasil para os EUA fora do programa de cotas, impactando de forma mais significativa o consumidor norte-americano do que o produtor brasileiro. As usinas brasileiras – majoritariamente do Centro-Sul – que não possuem o direito de exportar açúcar para os EUA dentro da cota com tarifas mínimas terão seus produtos taxados em quase 150pc a partir de 6 agosto, seguindo o anúncio feito pelo presidente Donald Trump em 30 de julho. Isso tornaria a operação desvantajosa, fazendo com que os produtores tenham que buscar destinos diferentes para escoar o produto. Os EUA possuem um programa de cotas para importar açúcar de diferentes origens, na qual cada país pode enviar um volume máximo de açúcar sobre uma tarifa mínima de aproximadamente 1-2pc durante seu ano fiscal – que vai de 1º de outubro a 30 de setembro. No Brasil, apenas as usinas do Norte e Nordeste podem usufruir dessa cota, que foi estabelecida em 156.000t para 2025 pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês). Demais produtores que decidem enviar o adoçante para os EUA pagam uma taxa de $357,6/t – o que representa quase 100pc do valor da commodity considerando os preços atuais no mercado internacional. Historicamente era vantajoso para o consumidor norte-americano comprar o açúcar brasileiro, ainda que a taxação fosse elevada. Agora, com as tarifas de 50pc, somadas à taxa fixa de $357,6/t, os embarques de açúcar do Brasil fora da cota devem ficar praticamente zerados, segundo participantes de mercado. Os produtores brasileiros não devem encontrar grandes problemas para realocar essa produção, uma vez que possuem participação relevante nos mercados da Ásia e África. Por outro lado, o consumidor dos EUA terá que encontrar novas origens para importar o adoçante. Os portos do Sul e Sudeste embarcaram cerca de 648.000t para os Estados Unidos em 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O volume representa uma pequena parcela das 33,5 milhões de t de açúcar exportadas pelo Brasil no ano passado, porém responde por cerca de 23pc das importações de açúcar dos EUA no período. Segundo participantes de mercado, os EUA tentarão suprir esse déficit com produtos da América Central – a região, no entanto, não possui uma notável produção de açúcar. Exportações dentro da cota O fluxo de exportação de açúcar do Norte e Nordeste para os EUA por meio do regime de cotas deve permanecer, uma vez que mesmo com as tarifas de 50pc o produto brasileiro continua competitivo. As usinas que podem exportar açúcar para os EUA com a tarifa mínima, dentro do programa de cotas, deverão manter suas operações, porque embora o produto brasileiro encareça, ainda ficará abaixo do valor praticados por usinas do próprio país. No entanto, os produtores brasileiros devem aguardar para entregar os volumes de açúcar acordados na cota, na expectativa de o governo brasileiro conseguir realizar alguma negociação com os Estados Unidos e diminuir a taxação. A cota do Brasil para exportar açúcar sobre as novas tarifas de 50pc para o ano fiscal de 2026 – que começará em outubro – deve ser divulgada em agosto, trazendo mais clareza dos próximos passos do governo americano para o mercado de açúcar. Por Maria Albuquerque Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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