A empresa sucroalcooleira São Martinho planeja construir uma planta de biometano anexa à usina de cana-de-açúcar Santa Cruz, em Américo Brasiliense, no interior de São Paulo.
A companhia investirá R$250 milhões na unidade, que deve produzir 15,6 milhões de Nm³ de biometano por safra a partir da vinhaça, um subproduto da produção de etanol, gerado durante a safra de cana-de-açúcar. A planta também vai gerar créditos de descarbonização (Cbios) com a operação.
Nm³, ou metro cúbico normal, é o padrão usado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para projetos de biometano.
A São Martinho prevê o início da operação da usina de biometano na segunda metade de 2025, com estimativa de capacidade total até a temporada de 2026-27.
A ANP já autorizou seis plantas de biometano, adicionando cerca de 467.230 Nm³/d à capacidade do país. Outras 11 unidades aguardam aprovação.
Usina Santa Cruz
A Santa Cruz possui capacidade de moagem de, aproximadamente, 5,6 milhões de t/safra, de acordo com a São Martinho.
No início do mês, a unidade recebeu a Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono (ISCC, na sigla em inglês) Corsia Plus, que comprova que seu etanol à base de cana-de-açúcar está de acordo com exigências internacionais para produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês).
A usina também possui o certificado ISCC EU, que reconhece o cumprimento dos requisitos legais para os critérios de sustentabilidade e redução de emissões de gases de efeito estufa para combustíveis sustentáveis, definidos pela Diretiva de Energias Renováveis da União Europeia (RED II, na sigla em inglês).

