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Petrobras congela diesel para evitar greve

  • Märkte: Biofuels, Oil products
  • 26.03.19

A Petrobras adotou um programa de congelamento de preços de diesel para impedir a realização de uma nova greve nacional dos caminhoneiros, a exemplo da que ocorreu em maio de 2018 e paralisou o país.

A companhia disse que os preços de diesel agora só poderão ser ajustados quinzenalmente, mas o congelamento dos valores poderá ultrapassar os quinze dias. A política de hedge de preços de diesel, adotado em dezembro de 2018, continuará sendo usado para assegurar resultados financeiros em linha com a política de preços da empresa baseada no mercado internacional.

A Petrobras, que controla cerca de 98pc do refino do país, informou que seguirá a política de preço de paridade internacional (PPI), que garante que os valores domésticos não fiquem abaixo dos praticados no mercado externo. A companhia adotou sua política de PPI em outubro de 2016, e alterou a medida para permitir variações diárias nos preços em junho de 2017.

A decisão da empresa ocorre em meio a sucessivos aumentos nos preços de diesel e discussões para outra ação coordenada de caminhoneiros. No ano passado, a greve prejudicou o suprimento de alimentos e de combustíveis em todo o país, além de levar à saída do então presidente da Petrobras, Pedro Parente, um forte defensor da livre precificação com base no mercado.

O preço atual do diesel comercializado nas refinarias pela Petrobras é R$2,1432/l, 18,5pc acima do valor de 31 de dezembro com R$0,30/l de subsídio. Nos postos de abastecimento, a média dos preços de diesel, incluindo tanto o com teor de enxofre ultrabaixo quanto o tradicional atingiu R$3,62/l nos primeiros três meses de 2019, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A Petrobras disse que o valor do diesel nas refinarias corresponde a aproximadamente 54pc do preço ao consumidor final, com o restante sendo um mix entre margens e impostos das distribuidoras.

Enquanto ainda estava em campanha eleitoral, no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro aplaudiu os caminhoneiros grevistas e disse que os consumidores não deveriam ser forçados a pagar por erros passados da Petrobras. Depois de eleito, enquanto busca bases sólidas para lançar as reformas, Bolsonaro tem defendido publicamente a política de preços baseados no mercado internacional da Petrobras e também pediu que estados endividados reduzam os impostos sobre os combustíveis.

Muitas propostas foram discutidas após a greve dos caminhoneiros, que forçou o governo anterior a fazer pesadas concessões – entre elas a flexibilização dos impostos estatais sobre os combustíveis em caso de aumento nos preços praticados nas refinarias. Mas pouco progresso foi feito desde o fim do programa de R$9,5 bilhões em subsídios.

Muitas propostas foram discutidas após a greve dos caminhoneiros, que forçou o governo anterior a fazer pesadas concessões – entre elas a flexibilização dos impostos estatais sobre os combustíveis em caso de aumento nos preços praticados nas refinarias. Mas pouco progresso foi feito desde o fim do programa de R$9,5 bilhões em subsídios.


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