A Petrobras conseguiu um acordo de venda de $33 milhões com o banco privado canadense Forbes & Manhattan para a refinaria SIX, de 6.000 b/d. Este é o terceiro acordo de venda de refinaria a ser assinado.
Localizada em São Mateus do Sul (PR), a refinaria SIX também conta com uma mina de xisto e uma unidade de processamento.
A Petrobras continuará operando a unidade até o fechamento da transação e deve oferecer apoio para a Forbes & Manhattan na refinaria por mais 15 meses depois disso, anunciou a empresa em um fato relevante.
O acordo cumprirá um recente contrato de imposto retroativo feito junto ao município de São Mateus do Sul, informou a Petrobras. No mês passado, a companhia concordou em pagar cerca de R$559 milhões para resolver uma disputa relacionada aos royalties devidos sobre a produção de xisto na SIX.
A venda da SIX vem após o acordo de R$189,5 milhões com a Atem, distribuidora brasileira de combustíveis que comprou a refinaria Isaac Sabba (Reman), de 46.000 b/d, e um acordo de $1,65 bilhão com o fundo de investimento estatal de Abu Dhabi, Mubadala, para a refinaria Landulpho Alves (Rlam), de 333.000 b/d.
Esperava-se que os contratos de vendas da SIX, da Lubnor, refinaria de 8.000 b/d, e da refinaria Gabriel Passos (Regap), de 166.000 b/d, fossem assinados até 30 de outubro, conforme foi estabelecido em mútuo acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O Cade diz que continua monitorando os processos de venda, enquanto a Petrobras afirma que as vendas restantes estão próximas de serem concretizadas.
No entanto, parece que a Petrobras engavetou os planos de vendas de três de suas refinarias. Nos últimos meses, a empresa desistiu das negociações com o conglomerado de energia Ultrapar para a refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de 208.000 b/d. A empresa também arquivou os processos de vendas da Refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), de 208.000 b/d, e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), 130.000 b/d. Ainda não foi definida uma nova estratégia de vendas para essas três refinarias.
Todos os oito contratos de venda devem ser fechados até o final do ano, mas é provável que só sejam finalizados em 2022, disseram executivos da empresa.
As vendas das refinarias, abaladas pela tensão política causada, em parte, pelo aumento dos preços dos combustíveis, fazem parte do plano de desinvestimento de U$ 25-U$ 35 bilhões da Petrobras.
