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Venda de ativos requer autonomia da estatal

  • : Oil products
  • 30/04/19

O setor de importação e comercialização de combustíveis claros interpretou o anúncio feito pela Petrobras da venda de oito refinarias no Brasil como um sinal positivo, mas ponderou que o êxito da abertura do mercado nacional dependerá de como o plano de desinvestimento será conduzido e de qual será o grau de interferência do governo nos planos da estatal.

A companhia aprovou diretrizes para a venda de ativos na última sexta-feira, entre eles oito refinarias localizadas no Brasil: Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Refinaria Gabriel Passos (REGAP), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR).

Segundo a Petrobras, a venda das refinarias possibilitará "maior competitividade e transparência no segmento de refino no Brasil" e as diretrizes "estão de acordo com a estratégia da companhia de focar em ativos em que a Petrobras é dona natural, visando à melhoria da alocação de capital".

"Entendemos que esta é uma decisão muito acertada e poderá auxiliar na construção de um ambiente concorrencial cada vez mais sadio. A venda de refinarias, à medida que oferece diversificação na oferta de combustíveis na etapa primária de fornecimento, proporciona uma multiplicidade de agentes que favorece a competição", informou a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) em comunicado à Argus. "É preciso que os investidores tenham segurança jurídica e regulatória para tomar suas decisões. O ambiente atual, no qual não se tem certeza dos limites e possibilidade de interferência sobre as políticas da empresa, não é o mais propício para que isso aconteça".

A Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural) vê de forma positiva a iniciativa da Petrobras, hoje responsável por 98% do parque de refino do País, de vender parte de suas refinarias. "Uma abertura do mercado de produção de combustíveis fósseis irá atrair os investimentos necessários ao setor. Além disso, alternativas adicionais de oferta podem contribuir para uma maior competitividade, onde o maior beneficiado será o consumidor final."

Participantes de mercado ouvidos pela Argus também ressaltaram que se trata de um primeiro passo que não constitui uma garantia de que o ambiente vai evoluir para um mercado aberto.

"A mensagem é boa, mas ainda não está claro como vai ser a venda. Se a saída [da Petrobras dos ativos] vai ser 100pc mesmo, o que vem com disso, qual vai ser o papel do governo. (...) Não tem nada traçado ainda", disse um representante brasileiro de uma trading multinacional presente no Brasil.

A estatal deverá continuar a exercer um papel dominante no setor, segundo um corretor de combustíveis, uma vez que permanecerá com os ativos mais modernos e produtivos. "[Eles] estão saindo das refinarias mais obsoletas, estão ficando com o filé e vendendo o osso. Tem que ver quem quer investir nesses ativos no Brasil. A China? Quem entrar vai trazer uma influência externa importante ao mercado."


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12/06/25

Ultracargo expande linhas férreas para combustíveis

Ultracargo expande linhas férreas para combustíveis

Sao Paulo, 12 June (Argus) — A empresa de logística Ultracargo finalizou a construção de um desvio ferroviário conectando o terminal de etanol de Paulínia, em São Paulo, com seu terminal em Rondonópolis, em Mato Grosso, para facilitar o transporte de etanol de milho e derivados de petróleo do Centro-Oeste para o Sudeste. A operação, que poderá funcionar com até 80 vagões, terá capacidade para transportar 180.000m³ de combustíveis por viagem e movimentar até 3 milhões de m³/ ano de etanol e 3 milhões de m³/ano de derivados de petróleo. O desvio liga o maior terminal independente de etanol do país com Mato Grosso, o maior produtor de etanol de milho do Brasil, através de 4,4km de linhas ferroviárias. A empresa investiu cerca de R$200 milhões para construir o projeto, que está conectado à malha ferroviária da empresa de logística Rumo, que também finalizou recentemente os trabalhos para aumentar sua capacidade de movimentação até o porto de Santos, em São Paulo. A Ultracargo informou que a utilização de trens em vez de caminhões para longas distâncias também reduzirá a emissão de gases de efeito estufa em 35pc – cerca de 51.000 toneladas de CO2 equivalente. A empresa também planeja entregar outros trechos de linhas ferroviárias e expandir a capacidade de armazenagem no terminal de Rondonópolis, assim como inaugurar o terminal de Palmeirante, em Tocantins, para melhorar o transporte de combustíveis no Arco Norte até o fim de 2025. Esses corredores logísticos ajudarão a diminuir os gargalos, custos e impactos ambientais, disse o diretor da Ultracargo Fulvius Tomelin. Por Maria Albuquerque Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Frete: Fluxo entre portos e CO eleva preços


25/03/25
25/03/25

Frete: Fluxo entre portos e CO eleva preços

Rio de Janeiro, 25 March (Argus) — O preço do frete rodoviário de diesel e gasolina subiu em todo o país entre janeiro-fevereiro, impulsionado pelo aumento da demanda por transporte de produto importado entre os principais portos brasileiros e o Centro-Oeste, importante região para setor agrícola. O frete rodoviário de combustíveis claros subiu 0,9pc, na média nacional para fevereiro, alcançando R$121/m³, de acordo com dados coletados pela Argus junto a distribuidores. As operações de coleta de diesel e gasolina com destino à região Centro-Oeste foi o principal vetor desta alta, com um aumento médio de 12,4pc, para R$168/m³, em média. Nas regiões Nordeste e Sul, o valor para o transporte de diesel e gasolina caiu 8,9pc e 3,5pc para R$123/m³ e R$109/m³, respectivamente. Houve um crescimento do uso de diesel importado no mês passado, em um momento de recuperação da demanda por diesel por parte do setor agrícola. Parte da região Centro-Oeste é suprida pelos desembarques de diesel importado no porto de Itaqui (MA), onde a procura pelo produto é consistente. Distribuidores continuam buscando volumes de S10 nacionalizado no mercado à vista, mas o suprimento via contratos – no modelo open book - se tornou preferência entre participantes de mercado do Nordeste. Os indicadores Argus de diesel dap entregue nos portos brasileiros mostram que os preços do produto originado na Rússia ficou mais barato do que o combustível vendido pela Petrobras desde 3 de fevereiro, data do último aumento de preço da empresa. No modal rodoviário, dados da Argus indicam que as transferências a partir dos portos de Belém (PA), São Luís (MA), Santos (SP) e Paranaguá (PA) para a região Centro-Oeste representaram 27,9pc do volume total transportado em fevereiro, comparado com 20,4pc em janeiro. O aumento da originação do combustível a partir dos portos e com destino ao Centro-Oeste elevou a distância média percorrida pelos caminhoneiros em 12,8pc, para uma média de 777km, maior nível desde julho de 2024. Tendência continua em março O amplo volume negociado no mercado à vista nos portos brasileiros indica que distribuidores continuem aproveitando os descontos do diesel importado em relação ao preço do produto doméstico, para atender ao crescimento da demanda pelo combustível nas regiões agrícolas, com destaque para o Centro-Oeste, onde a colheita de soja está acelerando. Entre 5-24 de março, os indicadores de diesel FCA em Santos e Paranaguá registraram descontos médios superiores a R$200/m³ em relação às bases de Paulínia e Araucária, enquanto o desconto médio de Itaqui foi de R$94/m³ em relação aos preços do produto armazenado do porto de São Luís. A demanda pelo combustível nacionalizado foi aquecida ao longo de março, sobretudo na segunda quinzena, em função da arbitragem favorável. A busca por volumes no mercado à vista de Paranaguá é mais expressiva em relação a outros portos. De acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicados hoje, a colheita de soja avançou 6,6 pontos percentuais para 76,4pc entre 16 e 23 de março, acima da média dos cinco últimos anos de 66,2pc para esta data Por Amance Boutin e Gabrielle Moreira Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Inpasa e SIM buscam criar joint venture


16/10/24
16/10/24

Inpasa e SIM buscam criar joint venture

Rio de Janeiro, 16 October (Argus) — A empresa produtora de etanol de milho Inpasa e a distribuidora de combustíveis Sim estão juntando força para lançar uma joint venture. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou nesta terça-feira o pedido de criação de joint venture pelas duas empresas. A Inpasa virou o maior produtor de etanol do país em poucos anos, com um total de 2,56 milhões de m³ vendidos no mercado interno em 2023, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Grupo Sim é uma distribuidora regional com presença importante no segmento de Transportadores Revendedores Retalhistas (TRR) do Sul, onde tem 5,8pc de participação de mercado, com vendas de combustíveis somando 1,28 milhão de m³ em 2023. Com , o Grupo SIM virou o quarto maior distribuidor da região Sul. Caso seja aprovada pelo Cade, a nova empresa deve virar a terceira joint venture juntando um produtor de etanol com uma distribuidora, depois da Raízen, que une Shell e Cosan, e a Evolua, parceria entre Vibra e Copersucar. Por Amance Boutin Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Produção de veículos aumenta em abril


08/05/24
08/05/24

Produção de veículos aumenta em abril

Sao Paulo, 8 May (Argus) — A produção brasileira de veículos subiu 24pc em abril, em um cenário de vendas crescentes no mercado interno. A produção de veículos atingiu 222.115 unidades em abril, em comparação com 178.853 no mesmo mês em 2023, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em relação a março, a produção cresceu 13pc. No acumulado desde janeiro, houve alta de 6,3pc, para 760.114 unidades. Já as vendas saltaram 37pc em comparação com o mesmo período do ano anterior. O licenciamento de veículos totalizou 220.840 unidades no mês, 17pc maior do que em março. O Brasil exportou cerca de 27.330 unidades em abril, queda de 19pc na base anual e alta de 16pc em relação ao mês anterior. "Temos pela frente alguns pontos de alerta, como a redução do ritmo de queda dos juros e os efeitos da calamidade no Rio Grande do Sul", disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. Leite acrescentou que as enchentes no estado já estão afetando fábricas de veículos, máquinas agrícolas e componentes usados por toda a cadeia automotiva. As chuvas já deixaram mais de 100 mortos, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. Outras 128 pessoas estão desaparecidas e cerca de 164.000 perderam suas casas. Por Laura Guedes Participação de mercado de veículos leves por combustível % Abr-24 Abr-23 ± (pp) Gasolina 3,6 2,5 1,1 Elétricos 3,2 0,4 2,8 Híbridos 2,3 2,1 0,2 Híbridos Plug-in 1,7 0,7 1 Flex 79,5 83,4 3,9 Diesel 9,6 10,9 -1,3 Anfavea Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

ANP reduz mescla de etanol e biodiesel no RS


06/05/24
06/05/24

ANP reduz mescla de etanol e biodiesel no RS

Sao Paulo, 6 May (Argus) — A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) diminuiu, temporariamente, a mistura obrigatória de etanol e biodiesel no Rio Grande do Sul por 30 dias, a partir de 3 de maio, em meio a enchentes catastróficas no estado. O mix de etanol anidro na gasolina caiu dos atuais 27pc para 21pc, enquanto o do biodiesel no diesel S10 está agora em 2pc, queda em relação à porcentagem vigente de 14pc. Também de forma temporária, a agência suspendeu a necessidade de mistura para o diesel S500. A ANP informou que pode revisar os prazos da medida dependendo das condições de abastecimento no estado. As chuvas no Rio Grande do Sul bloquearam rodovias e ferrovias que transportam os biocombustíveis para centros de distribuição, como Esteio e Canoas. O fornecimento de combustíveis fósseis pela ligação dutoviária da refinaria Alberto Pasqualini (Refap) às outras bases de distribuição do entorno não foi comprometido, afirmou a ANP. As enchentes no estado já deixaram pelo menos 83 mortos e 111 desaparecidos, de acordo com o governo local. Mais de 23.000 pessoas tiveram que deixar suas casas e cerca de 330 cidades estão em situação de calamidade pública. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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