Safra de cana-de-açúcar 2023-24 é a maior da história

  • : Agriculture, Biofuels
  • 12/04/24

A safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul de 2023-24 foi encerrada com a maior produção de etanol desde 2019-20 e a moagem mais elevada da história.

As usinas da região entregaram 33,59 milhões de m³ de etanol ao mercado na temporada — de 1 de abril de 2023 a 31 de março de 2024 —, alta de 16pc em relação aos 28,92 milhões de m³ no ciclo anterior e de 1pc em comparação ao recorde prévio, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

A produção de etanol hidratado cresceu 23pc na base anual, para 20,49 milhões de m³. Já a de anidro subiu 6,6pc, para 13,1 milhões de m³, ultrapassando o recorde anterior, registrado na safra 2022-23.

O processamento de etanol à base de milho para todo o período avançou 41pc na variação anual, para 6,29 milhões de m³. Isto representa cerca de 19pc do volume total de biocombustível produzido na região.

O mix de produção para a temporada ficou em 51pc para o etanol e 49pc para o açúcar, ante 54pc para o biocombustível e 46pc para o adoçante em 2022-23.

As usinas do Centro-Sul moeram 654,4 milhões de toneladas (t) de cana-de-açúcar no ciclo, um recorde no país. Na safra anterior, foram processadas 548,6 milhões de t.

Produtores venderam 32,7 milhões de m³ de etanol no período, salto de 12pc em relação à temporada anterior. No mercado doméstico, as vendas de hidratado subiram 20pc, para 18,6 milhões de m³, enquanto as de anidro subiram 5,7pc, para 11,67 milhões de m³.

Já as exportações recuaram 4,7pc, para 2,48 milhões de m³. A Coreia do Sul foi a maior compradora, com 33pc dos embarques, seguida por Estados Unidos e Holanda, com 18pc e 16pc, respectivamente.

A paridade favorável para o hidratado frente à gasolina na bomba impulsionou o consumo do biocombustível no período. A média da paridade para a safra ficou em 65pc, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para 2024-25, a Unica espera que 230 unidades produtoras de etanol estejam operando até o fim de abril, ante 212 no mesmo período do ano passado.

Segunda metade de março

A produção de etanol no Centro-Sul cresceu 37pc, para 528.000m³ na segunda metade de março em comparação ao ano anterior.

A produção de hidratado atingiu 429.000m³, alta de 92pc, enquanto a de anidro caiu 38pc, para 99.000m³.

O mix de produção para a quinzena ficou em 66,5pc para o etanol e 33,5pc para o açúcar, frente a 64pc para o biocombustível e 36pc para o adoçante na segunda parte do mês em 2023. Enquanto isso, a moagem de cana-de-açúcar avançou 6,5pc, para 5 milhões de t.

Produtores venderam 1,8 milhão de m³ de hidratado no mercado doméstico, elevação em relação a 1,1 milhão de m³ no mesmo período do ano passado. As vendas de anidro totalizaram 937.000m³, ante 928.000m³. Já as exportações somaram 247.900m³, acima dos 244.400m³ de março de 2023.


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Sao Paulo, 25 April (Argus) — A produção de etanol de milho compensará parcialmente uma queda no processamento do biocombustível à base de cana-de-açúcar na safra de 2024-25, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A companhia espera que a produção total de etanol – de cana-de-açúcar e milho – para a temporada atual atinja 34,1 milhões de m³, baixa de 4pc em comparação ao ciclo recorde de 2023-24. O processamento total de anidro, usado como mistura para a gasolina, deve crescer 6,2pc, 892.500m³ a mais que na safra anterior, a 15,1 milhões de m³. Já o hidratado deve recuar 10pc, para 18,9 milhões de m³. Do total que será produzido no ano, a cana-de-açúcar deverá ser matéria-prima para 27,3 milhões de m³ deste volume, 8pc a menos do que na safra anterior, à medida que sua moagem deve diminuir 3,8pc, para 685,8 milhões de t. Isto se compara com 713,2 milhões de m³ em 2023-24, o maior valor já registrado no país. Condições climáticas adversas, como falta de chuvas e altas temperaturas no Centro-Sul, reduzirão a produtividade no período, reportou a Conab. Enquanto isso, a área de plantação de cana-de-açúcar subiu 4,1pc, para 8,6 milhões de hectares (ha), com mais áreas em expansão e renovação. As usinas também devem continuar favorecendo um mix mais açucareiro em detrimento do biocombustível. A organização espera que a produção de açúcar cresça 1,3pc, para 46,2 milhões de t. Os preços do açúcar estão mais atrativos no mercado internacional, com importantes exportadores como Índia e Tailândia diminuindo os embarques e abrindo espaço para a commodity brasileira. Nesse cenário, o processamento do etanol de milho deve compensar "parcialmente" o volume menor de biocombustível de cana, segundo a Conab. Serão produzidos 6,8 milhões de m³ do produto, alta de 16pc na base anual. O etanol de grãos está quebrando recordes a cada safra nos últimos anos, crescendo exponencialmente especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O país construirá 10 novas plantas do biocombustível de milho nos próximos dois anos, afirmou a consultoria SCA Brasil. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Amapá cancela regime especial de ICMS


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Rio de Janeiro, 18 April (Argus) — O Secretário da Fazenda (Sefaz) do Amapá (AP) cancelou ontem o regime especial de tributação de empresas importadoras de combustíveis, colocando um fim a uma situação que gerava distorções de preços no mercado de diesel . A decisão do órgão foi publicada no diário oficial desta quarta-feira, dia 17, e contempla os regimes especiais do tributo estadual ICMS de oito empresas, entre elas a Refinaria de Manguinhos, que pertence ao grupo Fit, Amapetro, Axa Oil, Alba Trading e Father Trading. No caso da Amapetro, a empresa pagava uma alíquota efetiva de 4pc do valor da importação nas compras de outros países para uso próprio para consumo dentro do estado. Considerando a média do indicador Argus de importação de diesel de origem russa ao longo de março, isso equivaleria a R$136,9/m³.O valor atual do ICMS nos outros estados brasileiros é de R$1.063/m³ desde 1 de fevereiro. O estado teria importado 197.244m³ de diesel em março, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Isso equivale a 15,9pc do total de diesel importado pelo Brasil no mês. O consumo de diesel A do estado foi de 6.250m³ no mês passado, equivalente a 0,1pc do consumo nacional, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As autorizações do estado criavam distorções de preços no mercado e perdas de arrecadação fiscal em várias estados onde o produto acabava sendo consumido. Associações de produtores e distribuidores de diesel vinham pressionando o poder público nos últimos meses para derrubar esses regimes especiais. De acordo com o Instituto Combustível Legal, a medida causou um prejuízo de R$1 bilhão aos estados onde o combustível importado no âmbito do regime especial era efetivamente consumido, citando os estados de São Paulo, Paraná e Pernambuco como principais destinos. No início do mês, a Refina Brasil, que reúne as refinarias de petróleo independentes do país, estimou que o contribuinte amapaense pagava um valor próximo a R$0,83/l em subsídios para importadores. Por Amance Boutin Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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