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Produtores de etanol reagem a novas medidas da UE

  • : Biofuels
  • 22.09.23

Participantes do mercado brasileiro de combustíveis demonstraram surpresa com as novas medidas de monitoramento da União Europeia (UE) sobre as importações de etanol no bloco, mas não esperam que a situação evolua para uma barreira comercial.

Na semana passada, a Comissão Europeia anunciou a implementação de medidas de vigilância retroativas sobre as importações de etanol de vários países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos.

As medidas não restringirão as importações, mas proporcionarão um monitoramento rápido e mitigarão potenciais danos futuros aos produtores da UE, segundo o documento. Será exigido dos países-membros que partilhem dados de importação com a comissão.

Produtores brasileiros consultados pela Argus não estavam dispostos a falar abertamente sobre o anúncio da Comissão Europeia, considerando "muito cedo" para definir uma posição formal sobre as ramificações para produtores e clientes de etanol em ambos os lados do Atlântico.

Todos concordam que as exportações brasileiras não enfrentarão grandes obstáculos.

"A Europa é um importador massivo de etanol. Essas cargas são essenciais para compensar a escassez de oferta local", disse um membro da indústria à Argus.

As fontes argumentam que a história recente das várias medidas anunciadas pela UE para monitorar o setor- incluindo uma semelhante em 2020, solicitada pela França em nome da indústria do etanol - não resultou em repercussões significativas. "Me parece apenas um instrumento de pressão para atender o lobby dos países produtores de etanol, mas precisamos ficar de olho nisso de todo modo."

Consultados pela Argus, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) disseram que acompanham com atenção os movimentos do bloco e buscarão os melhores caminhos para "para superar eventuais dificuldades às exportações brasileiras, caso isso ocorra."

O ministério também destacou que os fluxos brasileiros para a UE cresceram nos últimos anos, mas se estabilizaram um pouco entre janeiro-agosto de 2023, com quedas tanto em valores, de $243 bilhões para $213 bilhões, no último período, quanto em volume, de 316.000m³ para 304.000m³, em relação ao mesmo período de 2022.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil também está monitorando a situação, disseram fontes com conhecimento do assunto.

Perspectiva de mercado incerta

Os volumes que saem do Brasil em direção à Europa registaram baixa ao longo de 2022, em um contexto complexo de arbitragem transatlântica mais atrativa, de mudanças nos fundamentos do mercado e do papel importante do etanol na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes dos transportes na UE.

O conturbado cenário geopolítico no continente resultou em uma disparada nos preços da gasolina e um aumento na competitividade do etanol no mercado europeu, com crescimento da venda de mesclas como o E10 e E85.

O maior interesse pelo etanol no mercado europeu também reflete a adoção de mesclas mais elevadas de etanol na gasolina em alguns países.

Grande parte dessa necessidade tem sido atendida por um fluxo mais robusto de exportações do Brasil, em um momento em que a demanda por etanol permanece retraída no mercado interno.

Ainda não se sabe se esta tendência se solidificará em um fluxo de exportação resiliente, mas há uma oportunidade estratégica para o setor brasileiro de etanol se posicionar como um fornecedor importante no mercado da UE.

"Depois de alguns anos de ausência, o Brasil busca, mais uma vez, um papel maior no cenário mundial, o que cria esperança para essa longevidade, mesmo com o protecionismo europeu", explicou a fonte da indústria.

Produtores europeus em alerta

Na UE, produtores receberam de forma positiva a medida de vigilância, com a Associação Europeia de Etanol Renovável (ePure, na sigla em inglês) descrevendo a decisão como "notícias tranquilizadoras" para o setor.

"A indústria de etanol renovável da UE está pronta para agir para evitar mais prejuízos, visando preservar o setor e os empregos", disse o diretor-geral da ePure, David Carpinteiro, acrescentando que a medida mira quaisquer desenvolvimentos comerciais que possam surgir da concorrência desleal.

A medida vem na esteira de um aumento nas importações de etanol para a UE, desde o início da década. As importações de etanol para todos os fins aumentaram quase 80pc, entre 2021 e 2022, enquanto as importações de etanol combustível subiram 45pc, em 2022, em comparação ao ano anterior, com base em dados alfandegários do bloco.

Os EUA, o Brasil e o Peru foram os principais fornecedores do biocombustível ao grupo no período. A Comissão Europeia observou que o mercado da UE atrai outros países exportadores devido aos seus preços elevados, 15pc superiores aos preços de importação do Brasil e dos EUA.

Produtores europeus contatados pela Argus não se mostraram dispostos a falar publicamente sobre as medidas, mas o sentimento foi, em geral, positivo entre os participantes.

A indústria europeia do etanol foi abalada pelo crescimento dos custos de energia, o que levou a um longo período de margens de produção negativas, uma vez que o gás natural é um custo de produção fundamental para os produtores regionais. O suprimento de grãos também se tornou cada vez mais desafiador.

Incapazes de competir com custos de produção consideravelmente mais baixos, muitos produtores europeus frearam a produção no ano passado, alguns em até 50pc. Segundo a Comissão Europeia, a indústria local viu a sua participação de mercado diminuir em 10pc durante o período.

A UE também está considerando estender o estatuto de isenção de tarifas de importação do Paquistão até 2027. O Paquistão emergiu recentemente como o principal fornecedor de etanol não-desnaturado ao bloco e, atualmente, se beneficia da isenção de impostos para as suas exportações de etanol.

Por Vinicius Damazio e Evelina Lungu


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15.05.25

Verkehrssektor verfehlt Klimaziele

Verkehrssektor verfehlt Klimaziele

Hamburg, 15 May (Argus) — Der Verkehrssenktor hat sein Emissionsreduktionsziel in 2024 verfehlt. Dies geht aus dem Prüfbericht des Expertenrats für Klimafragen hervor. Branchenverbände des Kraftstoffmarktes nutzen den Bericht als Appell an die Bundesregierung. Laut des Berichtes vom 15. April hat der Verkehrssektor in Deutschland im Jahr 2024 rund 143 Mio. t CO2-Äquivalent emittiert. Dies stellt einen Rückgang um etwa 1,4 % gegenüber dem Vorjahr dar und entspricht etwa dem Rückgang der Emissionen von 2022 zu 2023. Ursprünglich sollte der Verkehrssektor eine Reduzierung auf 125,2 Mio. t CO2e erzielen. Entsprechend wurde diese Zielmarke um knapp 18 Mio. t CO2e überschritten. Insgesamt ist der Verkehrssektor für 9 % der bundesweiten Emissionen verantwortlich, so der Expertenrat. Dabei sei ein Großteil des Rückgangs auf den Bereich schwerer Fahrzeuge wie LKW und Busse zurückzuführen. Die Emissionen des privaten Personenverkehrs sind konstant geblieben. Der geringe Emissionsrückgang ist laut Expertenrat auf die mangelnde strukturelle Entwicklung im Verkehrssektor sowie der anhaltenden Dominanz fossiler Antriebsarten zurückzuführen. Außerdem soll die Verkehrsleistung von PKW zugenommen haben. Die daraus resultierenden Mehremissionen seien jedoch aufgrund des im Vergleich zum Vorjahr höheren Bestand an batterieelektrischen Fahrzeugen ein Stück weit ausgeglichen worden. Auch das geringe Wirtschaftswachstum hat zum Emissionsrückgang beigetragen. Die neue Bundesregierung hat im Koalitionsvertrag bestätigt, am Anstieg der THG-Quote festzuhalten. Dies soll Inverkehrbringer von Kraftstoffen dazu anregen, mehr emissionsärmere Kraftstoffe anstelle von fossilen in Verkehr zu bringen. Der Branchenverband Uniti begrüßt dieses Vorhaben zwar, mahnt jedoch an, dass diese Maßnahmen nicht ausreichen würden, um den Markthochlauf der erneuerbaren und alternativen Kraftstoffen voranzutreiben. Der Verband fordert die Regierung auf, sich auf europäischer Ebene für eine Anpassung der CO2-Flottenregulierung einsetzen. Diese berücksichtigt bei der Ermittlung der Emissionen nicht etwaige Einsparungen bei der Produktion des Kraftstoffes, sondern nur die tatsächlichen Emissionen im Betrieb. Von Max Steinhau Senden Sie Kommentare und fordern Sie weitere Informationen an feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Alle Rechte vorbehalten.

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HVO-Zulassung steht bevor


14.05.24
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HVO-Zulassung steht bevor

Hamburg, 14 May (Argus) — Die Zulassung von HVO zum freien Verkauf an deutschen Tankstellen steht laut dem BMUV kurz bevor. Die Zahl der Tankstellen, an denen HVO bereits erhältlich ist, wächst. Eine Sprecherin des Bundesministeriums für Umwelt- und Verbraucherschutz (BMUV) bestätigte gegenüber Argus , dass die Zulassung von HVO durch die Veröffentlichung der Novelle der 10. Verordnung zur Durchführung des Bundes-Immissionsschutzgesetzes (10. BImSchV) bevorsteht. Die Novelle liegt dem Bundespräsidialamt zur Überprüfung vor, so eine Sprecherin des Amtes. Dies ist der letzte Schritt vor der Veröffentlichung im Bundesgesetzblatt. Unklar ist jedoch, ob sich die Veröffentlichung dadurch verzögern könnte, dass die Novelle des Saubere-Fahrzeuge-Beschaffungs-Gesetz zuerst veröffentlicht werden muss, was bisher noch nicht geschehen ist. Marktteilnehmer bereiten derweilen ihre Tankstelleninfrastruktur auf die Zulassung vor. Der Verein eFuelsNow e.V. verzeichnet etwa 150 Tankstellen in Deutschland, die schon HVO100 anbieten. In 2023 gab es in Deutschland laut Daten des Branchenverbands en2x etwa 14.500 Tankstellen, womit knapp 1 % aller Tankstellen bereits HVO führen. Die Tendenz ist dabei steigend; mehrere Anbieter haben bereits zusätzliche Standorte angekündigt. Der Großteil dieser Tankstellen befindet sich in Hessen, Baden-Württemberg, Bayern, Nordrhein-Westfalen und Niedersachsen. Einige Anbieter sind mittlerweile dazu übergegangen, HVO bereits vor der offiziellen Zulassung frei zu verkaufen, während andere Anbieter HVO weiterhin nur in geschlossenen Kundenkreisen über Clubs mit Zugangskarte verkaufen. Von Max Steinhau Senden Sie Kommentare und fordern Sie weitere Informationen an feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Alle Rechte vorbehalten.

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