Governo estuda frete indexado ao diesel

  • : Biofuels, Fertilizers, Oil products
  • 19/04/16

O governo do presidente Jair Bolsonaro avalia a indexação dos fretes aos preços do diesel, além de trabalhar na implementação do cartão caminhoneiro – ferramenta que permite ao motorista pagar o valor do combustível no dia e abastecer ao longo da viagem – em uma tentativa de mitigar os impactos das oscilações dos preços no mercado internacional, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, durante o anúncio de medidas para o setor.

"Outros países já resolveram questões similares com indexação nos preços do diesel. Nos Estados Unidos é assim. O motorista recebe um valor no dia e, se ao realizar a entrega o [preço do] diesel tiver subido, ele recebe a diferença. O valor do diesel, no entanto, é uma outra área de atuação. O que nos cabe como governo é encontrar um conjunto de medidas que entram na pauta [dos caminhoneiros]", completou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

De acordo com os ministros, o governo está trabalhando em uma série de medidas que atendem às demandas dos caminhoneiros, como melhoria das rodovias do país, cumprimento da tabela de fretes e maior previsibilidade nos preços do diesel.

Segundo Tarcisio Gomes, serão investidos R$2 bilhões na recuperação, manutenção e conclusão de obras nas rodovias do país. O período do investimento não foi informado. O ministro afirmou que, entre os principais esforços da pasta, está a construção de uma referência de piso do frete, que será colocada em consulta pública e debatida entre transportadoras e embarcadoras. "Modelar um preço não é tarefa simples, mas, a partir do momento que virar uma referência com embasamento técnico, o cumprimento deixa de ser uma dificuldade", disse Gomes, acrescentando que a fiscalização para o cumprimento da tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) será intensificada.

Entre as medidas anunciadas hoje para conter uma possível greve dos caminhoneiros está a liberação de uma linha de crédito pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$500 milhões, para que os profissionais possam realizar compras de pneus e manutenção dos veículos. Cada motorista pode financiar um valor de até R$30 mil.

Gomes e Lorenzoni não veem a posição do governo como refém dos caminhoneiros e reforçaram que há um bom diálogo com a classe.


Related news posts

Argus illuminates the markets by putting a lens on the areas that matter most to you. The market news and commentary we publish reveals vital insights that enable you to make stronger, well-informed decisions. Explore a selection of news stories related to this one.

24/04/26

Japan’s Mol starts operating LPG-fuelled VLGC

Japan’s Mol starts operating LPG-fuelled VLGC

Tokyo, 26 April (Argus) — Japanese shipping firm Mitsui OSK Line's (Mol) Singapore-based subsidiary Aramo Shipping started operating today a new LPG-fuelled LPG and ammonia carrier for domestic importer Gyxis. The 87,119m³ very large gas carrier (VLGC) Aquamarine Progress 2 was built by Japanese shipbuilder Namura Shipbuilding at Namura's Imari shipyard in south Japan's Saga prefecture. The vessel is equipped with a dual-fuel engine, which can burn LPG and conventional marine fuel. Mol expects use of LPG to reduce carbon dioxide (CO2) and nitrogen oxide emissions by 20pc and sulphur oxide and particulate matter emissions by 90pc compared with a heavy oil-dedicated vessel. The VLGC is also designed to be able to carry ammonia, eyeing potential demand growth for decarbonisation. Japanese shipping firms and shipbuilders have boosted construction of LPG carriers that can also ship ammonia, as demand for the cleaner fuel is expected to increase in future. Japan plans to co-fire ammonia at coal-fired power plants to reduce CO2 emissions, while aiming to use ammonia as a hydrogen carrier. Shipbuilders Kawasaki Heavy Industries and Mitsubishi Heavy Industries each delivered a VLGC, which can carry LPG and liquefied ammonia. Mol, in partnership with shipbuilders Tsuneishi Shipbuilding and Mitsui E&S Shipbuilding, completed risk assessments to design a mid-size ammonia-fuelled ammonia and LPG carrier , targeting to finish construction by 2026. By Nanami Oki Send comments and request more information at feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . All rights reserved.

Be8 quer ISCC de etanol para SAF em nova usina


24/04/25
24/04/25

Be8 quer ISCC de etanol para SAF em nova usina

Sao Paulo, 25 April (Argus) — A produtora de biocombustíveis Be8 buscará a Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono (ISCC, na sigla em inglês) Corsia para comprovar que seu etanol à base de grãos está de acordo com as exigências internacionais para a produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês), contou hoje o CEO da empresa, Erasmo Carlos Battistella, à Argus . A companhia quer obter o certificado para sua nova e primeira planta de etanol, localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. "Já estamos trabalhando nisso", disse Battistella. A usina terá capacidade de produzir 209.000 m³/ano do biocombustível e recebeu uma licença ambiental nesta semana. As operações devem começar em 2026. O ISCC é o principal sistema de certificação internacional para biomassa e bioenergia, com foco na sustentabilidade do uso da terra em conjunto com a rastreabilidade e a verificação dos gases de efeito estufa. Diversas empresas de etanol à base de cana-de-açúcar já receberam o certificado no Brasil – como Raízen, São Martinho, BP Bunge, Adecoagro, Copersucar e Zilor. A produtora de biocombustível de milho FS foi a primeira a conseguir o reconhecimento para o etanol de grãos. O Brasil, referência global em biocombustíveis como o etanol e o biodiesel, é considerado um grande player em potencial no SAF pela indústria de transporte aéreo e pelo Departamento de Energia dos EUA, devido à via de conversão pela tecnologia alcohol-to-jet (AtJ, na sigla em inglês). Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Etanol de milho deve compensar parte da queda da cana


24/04/25
24/04/25

Etanol de milho deve compensar parte da queda da cana

Sao Paulo, 25 April (Argus) — A produção de etanol de milho compensará parcialmente uma queda no processamento do biocombustível à base de cana-de-açúcar na safra de 2024-25, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A companhia espera que a produção total de etanol – de cana-de-açúcar e milho – para a temporada atual atinja 34,1 milhões de m³, baixa de 4pc em comparação ao ciclo recorde de 2023-24. O processamento total de anidro, usado como mistura para a gasolina, deve crescer 6,2pc, 892.500m³ a mais que na safra anterior, a 15,1 milhões de m³. Já o hidratado deve recuar 10pc, para 18,9 milhões de m³. Do total que será produzido no ano, a cana-de-açúcar deverá ser matéria-prima para 27,3 milhões de m³ deste volume, 8pc a menos do que na safra anterior, à medida que sua moagem deve diminuir 3,8pc, para 685,8 milhões de t. Isto se compara com 713,2 milhões de m³ em 2023-24, o maior valor já registrado no país. Condições climáticas adversas, como falta de chuvas e altas temperaturas no Centro-Sul, reduzirão a produtividade no período, reportou a Conab. Enquanto isso, a área de plantação de cana-de-açúcar subiu 4,1pc, para 8,6 milhões de hectares (ha), com mais áreas em expansão e renovação. As usinas também devem continuar favorecendo um mix mais açucareiro em detrimento do biocombustível. A organização espera que a produção de açúcar cresça 1,3pc, para 46,2 milhões de t. Os preços do açúcar estão mais atrativos no mercado internacional, com importantes exportadores como Índia e Tailândia diminuindo os embarques e abrindo espaço para a commodity brasileira. Nesse cenário, o processamento do etanol de milho deve compensar "parcialmente" o volume menor de biocombustível de cana, segundo a Conab. Serão produzidos 6,8 milhões de m³ do produto, alta de 16pc na base anual. O etanol de grãos está quebrando recordes a cada safra nos últimos anos, crescendo exponencialmente especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O país construirá 10 novas plantas do biocombustível de milho nos próximos dois anos, afirmou a consultoria SCA Brasil. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

UK publishes SAF mandate, targets 22pc by 2040


24/04/25
24/04/25

UK publishes SAF mandate, targets 22pc by 2040

London, 25 April (Argus) — The UK will mandate the supply of sustainable aviation fuel (SAF) from next year, targeting a 2pc share in 2025, which equates to around 230,000t of SAF according to the government, and increasing the obligation annually to 10pc in 2030, 15pc in 2035 and 22pc in 2040. The obligation, which falls on the jet fuel supplier, will remain at 22pc from 2040 until it is reviewed and updated, the UK said. The mandate is subject to parliamentary approval. An EU-wide SAF obligation is also due to come into effect next year, targeting a 2pc SAF share in 2025, increasing to 6pc from 2030, 20pc from 2035, 34pc from 2040, 42pc from 2045 and 70pc in 2050. Under the new UK mandate, hydrotreated esters and fatty acids (HEFA) SAF can be used to meet 100pc of SAF demand in 2025 and 2026, but it will be capped at 71pc in 2030 and 35pc in 2040. HEFA is the most common type of SAF today, and is expected to account for over 70pc of global production by the end of the decade, according to Argus data. An obligation for Power-to-Liquid (PtL) SAF will be introduced from 2028 at 0.2pc of total jet fuel demand, rising to 0.5pc in 2030 and 3.5pc in 2040. The EU is targeting a 1.2pc share of synthetic aviation fuels in 2030, rising to 2pc in 2032, 5pc in 2035 and 35pc in 2050. To be eligible under the mandate, SAFs must achieve minimum greenhouse gas (GHG) reductions of 40pc compared with a fossil fuel jet comparator of 89g CO2e/MJ, and must be made from sustainable wastes or residues, such as used cooking oil or forestry residues. SAF from food, feed or energy crops is currently not eligible for support under the scheme, the government said. PtL SAF will need to be produced from low carbon — renewable or nuclear — electricity. Recycled carbon fuels (RCF) from feedstocks like unrecyclable plastics can also be used to meet the obligation. Hydrogen, whether used as fuel precursor or as final fuel, must be bio-hydrogen from wastes and residues, RCF hydrogen or derived from low carbon energy. The mandate will also introduce tradeable certificates for the supply of SAF, with additional certificates awarded for fuels with higher GHG emissions savings. There will be three types of certificates: PtL, standard and HEFA. Buy-out mechanisms will be set at the equivalent of £4.70/l and £5.00/l for the main and PtL obligations, respectively. Formal reviews of the mandate will be conducted and published at least every five years, with the first to be carried out by 2030, the government said. The mandate will be separate from the country's Renewable Transport Fuel Obligation (RTFO). In tandem with the publication of the SAF mandate, the government launched a consultation on four options for an SAF revenue certainty scheme aimed at guaranteeing revenue from SAF and support production in the country. The UK previously said it aims to introduce the mechanism, which will be industry funded, by the end of 2026](https://direct.argusmedia.com/newsandanalysis/article/2486049). The consultation includes a preferred option for a "guaranteed strike price" (GSP), which would guarantee a pre-agreed price of SAF supplied into the UK market. By Giulia Squadrin Send comments and request more information at feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . All rights reserved.

Indonesia's Pertamina to complete gasoline unit in Aug


24/04/25
24/04/25

Indonesia's Pertamina to complete gasoline unit in Aug

Singapore, 25 April (Argus) — Indonesian state-controlled refiner Pertamina aims to finish building its new 90,000 b/d residual fluid catalytic cracker (RFCC) in the Balikpapan refinery in August, the firm said. The RFCC is a gasoline production unit, which typically uses residual fuel as a feedstock. The unit will be able to produce propylene, LPG and 92R gasoline that will meet the Euro V specifications, said Pertamina last week, without disclosing further details such as the start-up date. The newly built RFCC unit will be the largest in Indonesia, with the second-largest being the 83,000 b/d RFCC in Balongan and the third-largest the 54,000 b/d RFCC in Cilacap. The new RFCC will also help reduce Indonesia's reliance on gasoline imports. Indonesia currently imports around 9mn-11mn bl/month of gasoline, making it the largest gasoline buyer in the Asia-Pacific. The new RFCC will increase Pertamina's gasoline production by a conservative estimate of 45,000 b/d or 1.3mn bl, or around 10pc of Pertamina's current import demand, according to estimates from an oil analyst. The installation of the new RFCC is part of Pertamina's Refinery Development Master Plan (RDMP), which will take place in two phases. The first phase includes revamping existing units at the Balikpapan refinery, such as the crude distillation unit, vacuum distillation unit, and hydrocracking unit. It also involves building new units, such as the aforementioned RFCC, a gasoline hydrotreater, diesel hydrotreater, and naphtha hydrotreater. The second phase includes building a new residue desulphurisation unit. The RDMP also includes expanding the capacity of the Balikpapan refinery from 260,000 b/d to 350,000 b/d, said Pertamina's chief executive officer Nicke Widyawati. The Balikpapan expansion is expected to be completed in May. By Aldric Chew Send comments and request more information at feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . All rights reserved.

Business intelligence reports

Get concise, trustworthy and unbiased analysis of the latest trends and developments in oil and energy markets. These reports are specially created for decision makers who don’t have time to track markets day-by-day, minute-by-minute.

Learn more