Brasil Biofuels deve produzir HVO para Vibra

  • : Agriculture, Biofuels, Electricity
  • 21/11/24

A produtora de óleo de palma Brasil Biofuels (BBF) planeja construir a primeira unidade de óleo vegetal hidrotratado (HVO, na sigla em inglês) do Brasil, após chegar a um acordo de fornecimento com a Vibra Energia, maior distribuidora de combustíveis do país.

A expectativa é de que a unidade, que será instalada na zona franca de Manaus (AM), comece a operar em janeiro de 2025, com uma produção de aproximadamente 500.000 m³/ano.

A Vibra será a única empresa a receber o produto.

Inicialmente, a Vibra planeja comercializar o HVO - também conhecido como diesel verde - para compradores na bacia amazônica, com o objetivo de contribuir para a descarbonização do mix energético da região. O produto será posteriormente vendido para outras partes do Brasil e potencialmente para o mercado de exportação.

A BBF, o maior produtora de óleo de palma do Brasil, tem múltiplos investimentos na bacia amazônica, que utiliza biodiesel à base de palma no lugar dos combustíveis fósseis.

A BBF utilizará óleo de palma de suas próprias plantações como matéria-prima. A empresa planeja expandir o plantio de palmeiras em cerca de 120.000 hectares (ha) de áreas ambientalmente degradadas na bacia amazônica.

Devido a uma lei de 2010, palmeiras não pode ser plantadas em áreas que foram desmatadas após 2007. E por causa do código florestal de 2008, as propriedades do bioma Amazônia são obrigadas a manter 80pc de sua área total em reserva.

A BBF tem estado ativa em leilões de geração de energia para regiões remotas da bacia amazônica desde 2015. Em um leilão realizado em maio, a empresa obteve concessão para abastecer 10 regiões no estado do Pará e duas áreas no estado de Rondônia, com usinas elétricas movidas a biodiesel.

A empresa tem 20 usinas desse tipo operando na bacia do Amazonas.

Por causa da redução das emissões de carbono resultantes da substituição do diesel por um combustível renovável, a BBF será elegível para emitir créditos de carbono (Cbio) das usinas.

A Câmara dos Deputados do Brasil está atualmente debatendo um projeto de lei que estipularia um cronograma para implementar misturas obrigatórias para biocombustíveis avançados, incluindo HVO, querosene de aviação verde (SPK, na sigla em inglês), ou bio-jet e outros biocombustíveis avançados.

Para a Vibra, o acordo de HVO com a BBF é parte de uma estratégia para reduzir sua pegada de carbono e se antecipar à transição energética do Brasil.


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24/04/19

Spain-Portugal congestion income up by 554pc in March

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London, 19 April (Argus) — The spread between the Spanish and Portuguese spot index prices has widened in the first quarter of 2024, with Portugal clearing at the lowest price in Europe in March, Iberian power exchange Omie reported. Spanish and Portuguese day-ahead market prices have cleared at larger spreads between them compared with the first quarter of 2023, Omie data show. Congestion income between the two at times of decoupling more than doubled on the year in January, but fell in February. March registered the largest decoupling, supporting congestion income to 554pc compared with February, and was up by 172pc from March 2023. Negotiated output in the intra-day market auctions increased by 19.6pc on the month, and rose by 10pc from March last year. But lower prices pushed economic volume down by 43pc on the month, and by almost 76pc on the year. The volume of negotiated power in the day-ahead market in the first quarter of 2024 was up by 5.49TWh from the same period in 2023. March accounted for the largest increase, rising to 21.52TWh from 19.39TWh in March 2023. 1Q24 spot index price down Spot index prices rose by €4.64/MWh on the year in January, but fell during the rest of the first quarter. February cleared at an average discount to the previous year of €93.92/MWh, and March of €70.02/MWh. Combined the first quarter of 2024 has cleared below half of the same period in 2023. Portugal cleared at the lowest average price among European day-ahead market indexes in March, followed by Spain at a €1.03/MWh premium. The Spanish spot has cleared at an average of €5.82/MWh so far in April, sharply below the €73.77/MWh it cleared at in April 2023. This is also below expectations in the over-the-counter (OTC) market, as the April contract expired at €23.55/MWh at the end of March. The Spanish spot also cleared below zero for the first time . Gas-fired output down, hydropower generation up CCGT generation has averaged 2.6GW in the first quarter of 2024, down from 4GW in the same quarter last year. Average nuclear output also fell by 800MW to 6GW compared with the same period. And the trend has continued so far in April, with nuclear generation averaging 4.9GW, down from 6.3GW in April 2023. Solar photovoltaic (PV) output increased by around 240MW, while wind generation remained similar to the previous year's levels. Operational wind capacity increased to 30.29GW from 30.18GW over the quarter, and PV to 25.22GW from 25.16GW. Hefty rainfall over the first quarter has supported an increase of hydropower output by 1.5GW. And the trend of higher hydropower generation has carried on so far in April, supported by stocks at around 75pc, the highest in a decade . Hydropower has averaged 6.2GW so far in April from 2.36GW in the same month in 2023. But wind generation is down by around 500MW compared with the same period last year. By Thess Mostoles Send comments and request more information at feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . All rights reserved.

Amapá cancela regime especial de ICMS


24/04/18
24/04/18

Amapá cancela regime especial de ICMS

Rio de Janeiro, 18 April (Argus) — O Secretário da Fazenda (Sefaz) do Amapá (AP) cancelou ontem o regime especial de tributação de empresas importadoras de combustíveis, colocando um fim a uma situação que gerava distorções de preços no mercado de diesel . A decisão do órgão foi publicada no diário oficial desta quarta-feira, dia 17, e contempla os regimes especiais do tributo estadual ICMS de oito empresas, entre elas a Refinaria de Manguinhos, que pertence ao grupo Fit, Amapetro, Axa Oil, Alba Trading e Father Trading. No caso da Amapetro, a empresa pagava uma alíquota efetiva de 4pc do valor da importação nas compras de outros países para uso próprio para consumo dentro do estado. Considerando a média do indicador Argus de importação de diesel de origem russa ao longo de março, isso equivaleria a R$136,9/m³.O valor atual do ICMS nos outros estados brasileiros é de R$1.063/m³ desde 1 de fevereiro. O estado teria importado 197.244m³ de diesel em março, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Isso equivale a 15,9pc do total de diesel importado pelo Brasil no mês. O consumo de diesel A do estado foi de 6.250m³ no mês passado, equivalente a 0,1pc do consumo nacional, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As autorizações do estado criavam distorções de preços no mercado e perdas de arrecadação fiscal em várias estados onde o produto acabava sendo consumido. Associações de produtores e distribuidores de diesel vinham pressionando o poder público nos últimos meses para derrubar esses regimes especiais. De acordo com o Instituto Combustível Legal, a medida causou um prejuízo de R$1 bilhão aos estados onde o combustível importado no âmbito do regime especial era efetivamente consumido, citando os estados de São Paulo, Paraná e Pernambuco como principais destinos. No início do mês, a Refina Brasil, que reúne as refinarias de petróleo independentes do país, estimou que o contribuinte amapaense pagava um valor próximo a R$0,83/l em subsídios para importadores. Por Amance Boutin Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Conab: Safra de cana-de-açúcar bate recorde


24/04/18
24/04/18

Conab: Safra de cana-de-açúcar bate recorde

Sao Paulo, 18 April (Argus) — A moagem de cana-de-açúcar da safra 2023-24 foi a maior da história do país, em meio a condições climáticas favoráveis e investimentos no setor, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O processamento total de matéria-prima da safra de 2023-24, entre abril de 2023 e o mesmo mês deste ano, totalizou 713,2 milhões de t, alta de 16pc em comparação a 610,8 milhões de t na temporada anterior. As áreas destinadas à atividade canavieira aumentaram 0,5pc, para 8,3 milhões de hectares (ha). A maior disponibilidade de matéria-prima estendeu as operações de moagem – que normalmente param em novembro – até dezembro em importantes estados produtores, como São Paulo. Produção de etanol Tanto a produção de etanol quanto a de açúcar cresceram, segundo a Conab. A produção total de etanol do Brasil – excluindo o biocombustível à base de milho – atingiu 29,6 milhões de m³, salto de 11pc na base anual. O etanol hidratado representou a maior parte do crescimento do processamento este ano, totalizando 17,6 milhões de m³, aumento de 16pc em relação ao ciclo anterior. A paridade favorável para o E100 frente à gasolina na bomba nos principais estados consumidores impulsionou a demanda pelo biocombustível na temporada. Já a produção de etanol anidro subiu 6,5pc, para 12 milhões de m³. O processamento de etanol à base de milho avançou 33pc, registrando 5,9 milhões de m³, com crescentes investimentos no setor tanto no Centro-Sul quanto em outras regiões. O anidro de milho subiu 45pc, para 2,2 milhões de m³. Para o hidratado, o resultado foi de 3,6 milhões de m³, alta anual de 26pc. O Brasil exportou 2,5 milhões de m³ de etanol na temporada de 2023-24, queda de 2,9pc em comparação à safra passada. Os Estados Unidos foram os maiores compradores do biocombustível, com 33pc dos embarques. Em seguida, a Coreia do Sul e o hub Amsterdã-Roterdã-Antuérpia (ARA) responderam por 17pc e 12pc, respectivamente. Já as importações de etanol caíram 43pc em comparação ao ano anterior, somando 215.000m³. Quase todo o produto chegou dos EUA e do Paraguai, que representaram 55,5pc e 44,3pc do volume total. Enquanto isso, a produção de açúcar aumentou 24pc, para 45,6 milhões de t, com usinas direcionando mais matéria-prima para o adoçante em meio a preços atrativos para a commodity no mercado internacional. O Brasil exportou 35,2 milhões de t de açúcar de abril a março, alta de 26pc no ano, em um cenário em que grandes exportadores, como Índia e Paquistão, diminuíram as entregas. China, Índia e Indonésia foram os maiores importadores do produto brasileiro. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Wind capacity additions down 93pc under AMLO


24/04/18
24/04/18

Wind capacity additions down 93pc under AMLO

Mexico City, 18 April (Argus) — Mexico installed just 96MW of wind power capacity in 2023, a new low amid President Andres Manuel Lopez Obrador's policy to limit private sector development. Last year's wind power capacity additions were down by 93pc from the 1,281MW installed during Lopez Obrador's first full year in office in 2019, according to the Global Wind Report 2024 published by the Global Wind Energy Council. New wind power additions were also down by 39pc from the 158MW installed in 2022. Lopez Obrador's statist energy policy has sought to claw back state-owned utility CFE's market position in the face of an enormous private sector clean energy build out launched during the previous administration. Between 2016 and 2018 CFE held three long-term power auctions, contracting 7,000MW of new renewable energy projects as the government made a push to decarbonize Mexico's power matrix. But Lopez Obrador ruled out further auctions and has actively curtailed the award of new generation permits, stalling the development of 5,800MW of wind projects, according to wind energy association Amdee. Mexico has 7,413MW of installed wind capacity, accounting for 8.2pc of the country's 89,890MW total installed generation capacity, according to the energy ministry. Despite the slowed pace in Mexico, new wind installation continued to grow in Latin America last year, led by Brazil with 4.8GW to bring total onshore capacity in the country to 30.4GW in 2023. GWEC expects 28.7GW of new wind capacity in Latin America over the next five years, on top of the 50.6GW of current capacity. Globally 117GW of new wind energy capacity was installed last year, up by 50pc on the previous year and a new record. GWEC expects global wind capacity to double to 2TW by 2030, as governments agreed to triple global renewable energy capacity at the climate talks in Dubai last year. The outlook for Mexican wind power also looks more positive with both presidential candidates in the 2 June election committed to accelerating the energy transition through the build out of new clean energy capacity. Governing party candidate and current frontrunner Claudia Sheinbaum pledged to make renewable energy a "hallmark" of her administration and committed this week to investing $13.6bn in clean energy projects if elected. By Rebecca Conan Send comments and request more information at feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . All rights reserved.

TUI Cruises receives methanol-ready ship


24/04/18
24/04/18

TUI Cruises receives methanol-ready ship

New York, 18 April (Argus) — Cruise ship company TUI Cruises took delivery of a methanol-ready cruise ship which will start operations at the end of June. Methanol-ready vessels allow ship owners to easily retrofit their vessels to burning methanol in the future. The 7,900t deadweight Mein Schiff 7 will operate in the North Sea, the Baltic Sea, along the European Atlantic coast and in the Mediterranean and run on marine gasoil (MGO). It was built by Finland's Meyer Turku shipyard. In January, TUI Cruises signed a memorandum of understanding with trading company Mabanaft for future supply of green methanol. Mabanaft would cover TUI's methanol needs in northern Germany, and gradually add other European locations. Grey methanol was pegged at $717/t MGO equivalent and biomethanol at $2,279/t MGOe average from 1-18 April in Amsterdam-Rotterdam-Antwerp. About 0.9 times and 2.9 times, respectively, the price of MGO, Argus assessments showed. TUI Cruises is a joint venture between the German tourism company TUI AG and US-based cruise ship company Royal Caribbean. By Stefka Wechsler Send comments and request more information at feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . All rights reserved.

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