A sucroalcooleira Tereos Açúcar e Energia Brasil, controlada pela francesa Tereos Group, anunciou a paralisação de sua usina na cidade de Severínia, em São Paulo, devido à falta de cana-de-açúcar disponível para moagem.
A unidade em Severínia, cidade que faz parte da região metropolitana de São José do Rio Preto, tem capacidade para moer até 2,5 milhões de t de cana-de-açúcar por safra.
Segundo a Tereos, a paralisação "visa otimizar o aproveitamento de cana nas demais unidades e não terá impacto sobre o volume de moagem previsto para a safra atual". A companhia conta com outras seis produtoras em São Paulo, acumulando capacidade total de 24,82 milhões de t de cana por safra.
A Tereos informou que a maior parte dos funcionários da usina Severínia foi realocada em outras unidades. Apesar da paralisação, os números previstos para esta safra continuam os mesmos.
A safra 2021-22 foi marcada por condições climáticas adversas na região Centro-Sul do país, que reduziram severamente a quantidade de matéria-prima disponível para processamento e devem ter efeitos duradouros na nova temporada.
Com menos cana disponível por conta da seca e das geadas no ano passado, muitas usinas da principal região produtora do país optaram por atrasar o início da moagem da temporada 2022-23, apostando numa possível "melhora na produtividade agrícola e na qualidade da matéria-prima", segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
A Tereos iniciou a safra com plano de esmagar 17 milhões de t de cana-de-açúcar, 9pc acima da safra 2021-22. À época, a companhia planejava destinar 65pc da cana para a produção de açúcar e os 35pc restantes para etanol.
A sucroalcooleira obteve em fevereiro a certificação do Conselho de Qualidade do Ar do Estado da Califórnia (CARB, na sigla em inglês), órgão estadual que regula as emissões de poluentes para seu produto, para a usina Tanabi.

