A produção brasileira de etanol à base de milho deve registrar um recorde de 6 milhões de m³ na safra 2023-24, de acordo com projeção da União Nacional de Etanol de Milho (Unem).
Isso representa um aumento de 36pc em relação aos 4,39 milhões de m³ produzidos na safra 2022-23, informou a Unem. A associação estima que essa produção será suficiente para cobrir 19pc da demanda doméstica.
Segundo a Unem, 21 usinas devem processar a matéria-prima durante o ciclo de 2023-24, programado para começar em abril de 2023 – três a mais que atualmente.
A produtora de cana-de-açúcar Cerradinho Bioenergia planeja iniciar as atividades em sua unidade Neomille, de etanol à base de milho, em Maracaju, no Mato Grosso do Sul.
A FS, a maior produtora de biocombustível à base de milho, deve começar as operações em sua usina em Primavera do Leste, no Mato Grosso.
A São Martinho, sediada em São Paulo, possui uma unidade de produção de etanol à base milho dentro de uma usina já existente que trabalha com cana-de-açúcar em Quirinópolis, em Goiás.
O Brasil sempre priorizou a cana-de-açúcar como matéria-prima para o processamento de etanol, mas, nos últimos anos, o biocombustível à base de milho tem expandido sua participação no mix de produção do país, o que é um resultado, em grande parte, do crescimento da capacidade de produção concentrada no Centro-Oeste, distribuída por Mato Grosso e Goiás.
A produção em ambos estados supera, largamente, a demanda interna.
Os produtores do biocombustível à base de milho tendem a favorecer o hidratado frente ao anidro, devido aos incentivos fiscais para as transferências interestaduais do etanol fabricado no Mato Grosso.
O Mato Grosso tem a maior capacidade instalada de etanol à base de milho e oferece aos produtores um ressarcimento do ICMS estadual para vendas de hidratado destinadas a outros estados.

