O grupo agrícola Agrojem planeja uma parceria com a holding Aquila e a trading de açúcar Czarnikow para construir uma usina de etanol de milho no Tocantins, mirando uma expansão para o mercado de biocombustíveis.
A joint venture prevê a construção de uma usina em Miranorte (TO), onde a Agrojem cultiva milho, soja e sorgo, segundo documento submetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pelas companhias. A Agrojem também investe no setor pecuário.
Além do etanol, a empresa considera a produção de grãos secos de destilaria (DDG, na sigla em inglês) e óleo de milho, além da geração de eletricidade para ser vendida à rede.
Na parceria, a Agrojem trabalhará junto com a Aquila no cultivo do milho e produção do etanol, enquanto a Czarnikow comercializará o biocombustível no mercado doméstico. Nenhum outro detalhe foi revelado.
Segundo o documento, a Agrojem deterá 50pc da joint venture, enquanto a Aquila possuirá 35pc e a Czarnikow, 15pc.
O acordo ainda está sujeito à aprovação do Cade.
A parceria acontece em um momento no qual a produção de etanol a partir de grãos ganha tração no país, particularmente a partir do milho, enquanto outras empresas do setor recorrem a matérias-primas alternativas a cana-de-açúcar para o processamento do biocombustível.
Tradicionalmente, o Brasil tem na cana-de-açúcar sua principal matéria-prima para o processamento de etanol, mas, nos últimos anos, o biocombustível de milho tem expandido sua fatia no mix de produção do país.

