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Acelen vê falta de transparência em preços da Petrobras

  • Market: Biofuels, Oil products
  • 25/10/23

A Acelen, empresa controlada pelo Mubadala Capital e proprietária da maior refinaria privada do Brasil, avalia que a estratégia de precificação da Petrobras prejudica o ambiente de negócios do Brasil.

"Os preços de derivados de petróleo são commodities internacionais, assim como o açúcar, a soja e o milho. Em outras palavras, para ser bem direto, eu acho que perdemos transparência", disse o CEO da Acelen, Luiz de Mendonça, em um evento da indústria sucroalcooleira nesta semana.

No início deste ano, a Petrobras abandonou sua antiga política de preço de paridade de importação (PPI), mais alinhada ao mercado internacional e ao câmbio, em favor de uma flexibilidade maior para suavizar oscilações nas cotações.

Essa estratégia comercial da petrolífera estatal tem atraído críticas de outros participantes da indústria no Brasil, especialmente de importadores que poderiam perder espaço no mercado.

Mendonça disse que a decisão da companhia de determinar suas próprias condições de precificação "prejudica investimentos".

Suas preocupações foram compartilhadas por Bruno Serapião, presidente-executivo da produtora de açúcar e etanol Atvos, que também é parcialmente controlada pelo Mubadala Capital, braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi.

"Os preços das commodities internacionais, como o petróleo e a gasolina precisam ser projetados para daqui a dois, três anos", disse ele. "Hoje, enxergamos uma semana à frente. Sem previsibilidade, a tomada de decisões fica muito difícil."

Investimentos em HVO e SAF

Ainda assim, a Acelen tem uma postura otimista em relação às perspectivas de crescimento do Brasil e planeja investir R$12 bilhões ao longo de 10 anos para expandir seus negócios rumo à produção de biocombustíveis avançados, como o óleo vegetal hidratado (HVO, na sigla em inglês) e o combustível de aviação sustentável (SAF), a partir de 2026.

Nos planos da empresa, a construção dessa nova biorrefinaria terá início no início do ano que vem, Mendonça contou à Argus no evento. Ela terá capacidade para produzir cerca de 20.000 b/d, ou cerca de 1 bilhão de l no ano, utilizando diferentes matérias-primas.

"A princípio usaremos óleos vegetais de primeira geração", disse ele. "Mas, numa fase posterior, o nosso objetivo é passar para matérias-primas de segunda geração, como o óleo de palma e a macaúba."

A macaúba – também conhecida como o coco amarelo brasileiro – é uma espécie de palma subutilizada do estado da Bahia, onde fica a refinaria da Acelen, e com alto teor energético.

A nova instalação deverá ser flex, podendo ajustar seu mix de produção para HVO ou SAF sem a necessidade de alterações adicionais, similar ao que é feito nas usinas de etanol de cana-de-açúcar.

Enquanto isso, a Atvos está de olho em investimentos para converter o etanol de suas usinas em biocombustível de aviação por meio da tecnologia alcohol-to-jet (AtJ, na sigla em inglês).


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